A geopolítica francesa na Àfrica subsaariana atlântica : reflexos e concepção de uma estratégia para o poder naval brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pinto Homem, Henrique de Castro
Orientador(a): Mattos, Leonardo Faria de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Guerra Naval (EGN)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.mar.mil.br/handle/ripcmb/845313
Resumo: Abordar reflexos da “Grande Estratégia” francesa interrelacionados à expressão militar do Brasil, em um ambiente complexo, exige multidisciplinaridade. Em adição, pela tecnologia e globalização, o Sistema Internacional muda acentuadamente, tornando-se ambíguo e volátil, mexendo com relações, comportamentos e crises, obrigando Estados a ampliar sua influência. Disputas hegemônicas dessa conjuntura distam do Entorno Estratégico Brasileiro, mas esse, pela instabilidade, exige alerta. Nele, a África Subsaariana Atlântica Ocidental e Central sobressai, por potencialidades reunidas à insegurança e crises majoradas pela estrutura precária. A França, ator global, valoriza independência decisória, emprega influência e, atualmente, reforça cooperação e multilateralismo. Sua Estratégia Militar une dissuasão nuclear e forças convencionais presentes no exterior. Sua cooperação militar foca em segurança e estabilidade, mormente na África, onde há atividades operacionais e de capacitação diversas. Ao Brasil, esse cenário abriga oportunidades, podendo ampliar proeminência e ameaças, obrigando ao Poder Naval Brasileiro se preparar para crises e aumentar a colaboração já existente em espaços marítimos e terrestres africanos. França e Brasil têm parceria estratégica única na América do Sul, que estimula temas de Defesa e de atuação na África. Entre Marinhas, há base documental e histórico de intercâmbios tecnológicos profundos e de operacionais, como para a estabilidade do Golfo da Guiné, havendo outras ações intencionadas. Nesse quadro, a Geopolítica gera análise multidisciplinar, amparada por conceitos de Relações Internacionais, interpretando a dialética entre condutas e interesses nesse universo realista-construtivista, onde segurança é fulcral. Temas “securitizados” reúnem atores afetados, enquanto Estados exógenos procuram intervir, buscando interesses, combinando comportamentos de hard power, soft power e mesclando-os (smart power). A Teoria da Estratégia, logo, fundamenta a solução pensada, provendo modelo escrutinador e unindo pela “Estratégia como Ponte”, metas, meios e métodos, criando ações associativas. A Doutrina Militar, baseando-se na Diplomacia Naval orientada pelo governo nacional, estrutura as iniciativas coercitivas ou colaborativas. Assim, a proposição de conceber uma Estratégia Naval para atingir Objetivos relacionados ao Poder Naval Brasileiro associado a reflexos da postura geopolítica francesa em espaço africano recebe seu escopo da Política Naval, usando-o como referência ao endereçar as oportunidades e ameaças para criar Ações Estratégicas Navais Orientadas. Essas, dividem-se em “efetivas” e “estruturantes” e irão nuclear a Estratégia Naval específica, viável e benéfica ao protagonismo brasileiro e à estabilidade. O emprego da “Estratégia como Ponte”, unindo objetivos, meios e métodos, garante solução consoante com efeitos desejados ao ambiente ou ao aprimoramento sistêmico e, então, encerra-se a conduta metodológica, detalhando espaço; atores e decorrências; metas; ações e efeitos. Alcançam-se também contribuições colaterais como: desvelo da Diplomacia Naval; ampliação de informações sobre a África; análise da “Grande Estratégia” francesa; e exame da postura brasileira, apoiada no Poder Naval, buscando proeminência regional e um Entorno Estratégico Brasileiro seguro e estável.