Controle da Eimeriose e bem-estar de caprinos leiteiros confinados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: DERITTI, Gabriela de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67581
Resumo: Com aumento da produção na caprinocultura, ocorre em conjunto a superpopulação de animais, aparecendo problemas como doenças que podem prejudicar o sistema, como, por exemplo, a Eimeriose. Fatores que levam ao aumento na prevalência da Eimeria spp. são contaminação do ambiente por animais infectados que eliminam os oocistos nas fezes, e a forma de redução pode ser realizada com a implementação de medidas sanitárias e higiênicas. Quando se trata de bem-estar animal (BEA), para os animais de produção, o índice de estresse térmico (THI) é importante, pois estabelece as circunstâncias existentes no meio que vão afetá-los. Com o intuito de encontrar melhores soluções profiláticas e BEA, o estudou objetivou o controle da propagação de oocistos de Eimeria spp., avaliação da qualidade da água ofertada através da mensuração do pH, e avaliação do bem-estar através da correlação do THI e dieta. Utilizou duas baias, sendo o primeiro grupo sem a instalação de barreiras nos comedouros e bebedouros (Grupo 1), e o segundo grupo com as barreiras (Grupo 2). Foi instalado nos bebedouros um equipamento com formato de termômetro submerso na água, para a medição do pH, e avaliação da qualidade da água, e instalado a dois metros a cima dos recintos dos animais os equipamentos para aferir temperatura e umidade do local. Em relação a avaliação do conforto térmico dos animais, utilizou o score de cocho de alimento, onde era realizado a pesagem dos restos de comida do dia anterior. Todas as coletas de materiais foram feitas as terças-feiras, as nove horas da manhã, por 8 semanas consecutivas, sendo as amostras de fezes coletadas dos animais encaminhadas ao laboratório de Parasitologia da UNOPAR, onde realizado o exame de Gordon e Withlock. As quatro primeiras semanas foram de adaptação e as quatro restantes de experimento. Observou-se em relação aos OoPGs, no grupo 2 foram diminuindo de forma linear, enquanto no grupo 1 teve oscilações e números altos. Quanto as médias semanais, não houve diferença significava estatisticamente, apenas numericamente. Em relação a porcentagem de redução de infecção pelos oocistos, embora a análise estatística não foi significativa, numericamente o grupo 2 teve 83% de redução, já o grupo 1 tendo apenas 42%. O pH mostrou que todas as vezes que era realizado a limpeza na terça-feira, após 3 dias sem troca da água, o pH se tornava ácido, e era possível observar presença de sujidades e fezes. Em relação ao conforto térmico, foi possível correlaciona-lo com o consumo da dieta, sendo que, o THI mensurado através da equação THI = (1.8 x AT (°C) + 32) – (0.55 – 0.0055 x RH (%)) x (1.8 X AT (°C) – 26), onde AT é a temperatura ambiente em graus Celsius, e RH o índice de umidade relativa do ar em porcentagem, quando o resultado era >72 apresentava mais sobras de alimento no comedouro 24 horas após a medição, comparado ao THI menor. Conclui-se que o uso de barreiras nos comedouros dos caprinos é promissor em relação ao controle de infecção de oocistos, que o mecanismo de avaliação da qualidade da água por meio da marcação do pH é positivo e mostrou ser uma possível ferramenta na profilaxia da Eimeriose, e ainda que o conforto térmico para caprinos leiteiros confinados mensurados pelo THI é de 72, a partir desse número os animais apresentam estresse térmico.