Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALVES, Thâmela Cristiny Simão |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/41243
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Resumo: |
A mastite é um dos principais problemas que acometem a bovinocultura leiteira, ocasionando prejuízos a produtores e laticínios em todo o mundo. O tratamento com antimicrobianos é o mais comum, mas pode ter um custo elevado e favorecer a resistência bacteriana. O objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antimicrobiano de substâncias bioativas extraídas de plantas e verificar suas associações com antimicrobianos convencionais sobre bactérias isoladas de mastite bovina em propriedades leiteiras do interior do estado de Mato Grosso. Foram examinados 154 animais de três propriedades localizadas nos municípios de Cáceres, Araputanga e Campo Verde. Do total de bovinos examinados, 20,12% (31/154) apresentaram mastite, obtendo 30 isolados bacterianos. Estas foram identificadas por características morfotintoriais, bioquímicas, reação em cadeia da polimerase (PCR) e pelo Sistema de Identificação Microbiana - Sherlock®. Classificou-se os isolados como sendo 43,3% Staphylococcus spp. (13/30), 20% (06/30) confirmados como Staphylococcus aureus, seguidos por 3,3% Streptococcus spp. (01/30), 6,6% Streptococcus agalactiae (02/30), 6,6% Corynebacterium bovis (02/30), 3,3% Enterococcus spp. (01/30), 3,3 % Bacillus spp. (01/30), 6,6% Bacillus cereus (02/30), 3,3% Listeria spp. (01/30) e 3,3% Nocardia spp. (1/30). O perfil de resistência foi determinado pelo método de difusão em placas de ágar Mueller Hinton e observou-se que Staphylococcus spp. e Bacillus spp. apresentaram maior perfil de resistência frente aos antimicrobianos testados. Devido aos resultados encontrados com o isolamento, associado a escassez de estudos com B. cereus isolados em mastite, o estudo prosseguiu com estes isolados, para os quais foram determinados o perfil de virulência por PCR, através da amplificação dos genes para hemolisina (hblA, hblC, hblD), citotoxina K, cereulida, regulador pleiotrópico e enterotoxina não hemolítica. A concentração inibitória mínima, concentração bactericida mínima e a produção de biofilmes foram avaliadas por densidade ótica, e as associações entre as substâncias bioativas com os antimicrobianos pelo teste de Checkboard. Os dois isolados de B. cereus (1 e 2) apresentaram genes de virulência para hemolisina (hblA, hblC, hblD), além da citotoxina K, cereulida e regulador pleitrópico. A concentração inibitória mínima (CIM) e concentração bactericida mínima (CBM) da substância bioativa 7-epiclusianona sobre os dois isolados de B. cereus, foi 1,95μg/mL para B. cereus 1 e 3,9μg/mL para B. cereus 2. A CIM da gutiferona-A para B. cereus 1 e 2 correspondeu a 7,81μg/mL e 15,62μg/mL, respectivamente, também apresentando ação bactericida. Os testes de interação entre antimicrobianos e susbstâncias bioativas revelaram um sinergismo significativo da 7-epiclusianona e gutiferona-A quando associados a β-Lactâmicos como ampicilina e amoxicilina, apresentando ação antimicrobiana para os dois isolados de B. cereus. Demosntrou-se também o pontencial para reduzir a concentração efetiva destes antimicrobianos convencionais, além da redução da produção de biofilme pela associação ampicilina e gutiferona-A. Os resultados apresentados neste trabalho enfatizam a importância de isolar, identificar e caracterizar agentes causadores da mastite, mesmos os menos frequentes como B. cereus, por sua relação com problemas na saúde humana, animal e ambiental; além de apontar alternativas promissoras de tratamento da mastite bovina, as quais irão contribuir para a redução da resistência bacteriana aos antimicrobianos, como também de recidivas da doença no rebanho. |