MITOS, RITOS E RITUAIS CONSTRUÍDOS PELA GESTÃO ESCOLAR: ENTRAVES E DESAFIOS PARA A GESTÃO DEMOCRÁTICA

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: LEÃO, ALEXANDRE CARNEIRO
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Ensino; Gestão Escolar
• Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/34102

Este trabalho é resultado de uma pesquisa de mestrado e tem como objetivo investigar as práticas de Gestão Escolar de quatro escolas públicas municipais de Cuiabá/MT, no que se referem à criação e ou manutenção de possíveis ―mitos, ritos e rituais‖ criados pelos gestores e estabelecidos no cotidiano da escola, contrapondo o que a lei de gestão democrática estabelece.Tenta-se responder algumas questões: como se constituem práticas de gestão escolar que impedem à autonomia das crianças e o direito a vez e voz de todos os atores envolvidos no processo educativo? Como são tratados os comportamentos "indisciplinados"? Por que as práticas de gestão escolar são organizadas de forma a estabelecer relações de poder que legitimam e perpetuam práticas antidemocráticas? Quais são os efeitos do uso dessas práticas na objetivação e subjetivação das crianças? Buscou-se nas problematizações referencial teórico necessário para analisar dados da pesquisa e compreender melhor estas práticas de "disciplinamento" e de regulação da infância. Pesquisa empírica de estudos qualitativos com análises de conteúdo para tentar compreender as possíveis causas que levam a escola querer, neste caso, gestores e professores, a corporificar o poder em sua máxima hierarquização. Para alcançar o objetivo proposto nesta dissertação a metodologia adotada foi abordagem qualitativa para investigar quais seriam então os Mitos, Ritos e Rituais Construídos pela Gestão Escolar: Entraves e Desafios para a Gestão Democrática. Instrumentos para levantamento inicial dos dados analisouse documentos como o P.P.P e o L.O.D também conhecido como "Livro Preto" e utilizou-se a técnica de Grupo Focal com perguntas semiestruturadas para investigar o que se pretende nesta pesquisa. A interpretação dos dados a partir dos estudos da Análise de Conteúdo, indicado por Laurence Bardin (2010, 2016) e aos quais foi associada a fundamentação teórica de autores como Lück (2000,2009,2006,2011), Paro (2011, 2016), Bobbio (1996, 2000,2001,1997,), Nóvoa (2014, 2019, 1994, 1998), Aranha (2006, 1996, 1993), Bauman (2009, 1998, 2006, 1998), Segalen (2002), Bastos (999,2007,2002) dentre outros. Envolveu quarenta e quatro participantes de quatro escolas da rede Municipal de Educação. Os resultados evidenciam que ainda há dentro do trabalho da gestão escolar e dos professores, presença de algumas práticas autoritárias, algumas fragilidades no diálogo e possíveis ausências de práticas emancipadoras.