Estrutura da Úngula de Ovinos Pantaneiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: SILVA, Josete Maria da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67117
Resumo: A úngula é uma unidade funcional muito importante para o sistema de locomoção dos ovinos e consiste em uma modificação córnea da pele que envolve a falange distal, com a função de proteção dos dedos dos animais contra as influências ambientais. Relatos de criadores de ovinos Pantaneiros descrevem que estes animais possuem baixa ocorrência de infecções podais e possivelmente possam ter alguma vantagem adaptativa, seja na estrutura das úngulas ou no seu sistema imune, reduzindo a incidência dessas patologias, em relação a outras raças de ovinos suscetíveis. Dentre as principais infecções podais, destaca-se a pododermatite infecciosa ovina (Footrot) ou podridão dos cascos que é uma doença contagiosa, causada pelas bactérias Fusobacterium necrophorum e Dichelobacter nodosus que quando instaladas na epiderme interdigital acarretam laminite com exsudato inflamatório fétido, necrose da região interdigital, dor, claudicação prejudicando a saúde dos animais afetados e levando a prejuízos econômicos. Neste sentido, este estudo teve por objetivo avaliar e comparar os aspectos histométricos e estruturais dos cascos de ovinos das raças Santa Inês e Dorper, com os animais do grupo genético Pantaneiro. Cinco animais de cada raça / grupo genético, hígidos foram selecionados e identificados aleatoriamente, antes do abate em frigorífico credenciado, para a coleta, pós abate, de seus membros posteriores direitos. As úngulas foram submetidas a cortes em plano sagital medial em seções de 3 a 4 mm de espessura e imediatamente fixados em formalina a 10% tamponada por 48 horas. Posteriormente, foram descalcificados em etilenodiaminotetracético (EDTA) a 10% por 15 dias. Os fragmentos foram seccionados em quatro quadrantes (A, B, C e D) e processados conforme procedimentos histológicos. Para a confecção das lâminas, foram realizados cortes seriados, ao micrótomo, de 2 a 4 µm de espessura e corados com Hematoxilina e Eosina (H&E). Utilizou-se microscopia de luz com câmera HD acoplada, para avaliar e comparar o número, a distância e o volume dos túbulos córneos, a espessura da camada córnea da derme, da epiderme e da queratina dos referidos fragmentos de cascos nos quadrantes A, B, C e D. Os valores das medidas realizadas foram submetidos à Análise de Variância (ANOVA, P ≤ 0,05) e, havendo diferenças observadas, as médias foram comparadas pelo Teste Tukey (P ≤ 0,05). Foram identificadas diferenças histométricas, estruturais e na constituição do estojo córneo entre os ovinos Pantaneiro, Santa Inês e Dorper. O maior número de túbulos córneos por área, o maior diâmetro e volume dos túbulos córneos e a maior espessura da camada de queratina observados na estrutura do estojo córneo dos ovinos pantaneiros sugerem que estes animais possuem cascos mais rígidos e resistentes em relação às raças comparadas.