Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
RUGILA, Diery Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31674
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Resumo: |
Contextualização: A razão massa gorda por massa livre de gordura (MG/MLG) é um índice metabólico integrado que avalia o efeito combinado da proporção entre MG e MLG. Esta razão conceitua duas características contrastantes para a manutenção da homeostase: a carga metabólica, que é definida como a magnitude de um insulto em um sistema (correspondente à MG) e a capacidade metabólica, que se refere à capacidade do sistema de neutralizar o insulto (correspondente à MLG). Em outras palavras, a MG/MLG avalia se a quantidade de MG está adequada para a quantidade de MLG em um indivíduo, e teoricamente valores mais altos indicam uma proporção menos favorável entre MG e MLG. Apesar de associações clínicas com a MG/MLG já terem sido encontradas em outras populações, estas associações ainda não foram estudadas na asma. Objetivos: Verificar as associações da MG/MLG com desfechos clínicos em indivíduos com asma e comparar as características clínicas desses indivíduos entre aqueles classificados com menor e maior MG/MLG. Metodologia: Estudo transversal e bicêntrico, com coleta de dados em Londrina-PR e São Paulo-SP. Cento e vinte e oito indivíduos com asma realizaram avaliações de dados gerais e antropométricos, da função pulmonar (espirometria), composição corporal (bioimpedância elétrica), responderam ao Asthma Control Questionnaire, Asthma Quality of Life Questionnaire e Hospital Anxiety and Depression Scale, utilizaram por 7 dias o Actigraph (um monitor de atividade física na vida diária [AFVD]). Eles também foram questionados quanto à dose diária da medicação inalatória, bem como foram classificados quanto às etapas do tratamento farmacológico para asma. Após as avaliações, os indivíduos foram classificados em dois grupos de acordo com o percentil 50 de valores de referência para MG/MLG (grupo com menor MG/MLG e grupo com maior MG/MLG). Resultados: Indivíduos classificados como maior MG/MLG (n=75) utilizaram maiores doses de corticoide inalatório, apresentaram pior função pulmonar e menor número de passos/dia quando comparados a aqueles com menor MG/MLG (n=53) (P≤0,021). Foram encontradas associações entre a MG/MLG com a função pulmonar (VEF1 em litros: R2=0,207; CVF em litros: R2=0,364; e CVF em porcentagem do predito: R2=0,113; P<0,0001 para todos), com as etapas do tratamento medicamentoso da asma (V de Cramer=0,218; P=0,016) e com o nível de AFVD (V de Cramer=0,236; P=0,009). Indivíduos com maior MG/MLG apresentam 3,21 vezes mais chance de serem fisicamente inativos (IC95%:1,17–8,78) e 8,89 vezes mais chance de estarem nas etapas 4 e 5 do tratamento da doença (IC95%:1,23–64,08) em relação a aqueles com menor MG/MLG. Conclusões: A MG/MLG está significativamente associada com características clínicas em indivíduos com asma. Aqueles com maior MG/MLG utilizam maiores doses de corticoide inalatório, apresentam pior função pulmonar e menor número de passos/dia quando comparados a aqueles com menor MG/MLG. Adicionalmente, há associações entre a MG/MLG com a função pulmonar, com as etapas do tratamento farmacológico da asma e com o nível de AFVD, de modo que a maior MG/MLG é um fator determinante da inatividade física e das etapas mais altas do tratamento medicamentoso da doença. |