DESCARTE DE MEDICAMENTOS: A LOGÍSTICA REVERSA APLICADA PELO MUNICÍPIO DE CAMPO GRANDE NAS UNIDADES DE SAÚDE MUNICIPAL

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: DE MOURA, Alex Sandro Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/65977
Resumo: O cenário de descarte de medicamentos vencidos ou em desuso, a forma habitual de descarte destes, em lixos comuns, pias ou vaso sanitário, o conhecimento ou desconhecimento da população sobre a forma correta desse descarte, fazem parte do cotidiano de grande parte das cidades Brasileiras, fazendo com que o enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado desses resíduos, seja de grande relevância nas discussões e inclusão desse tema nas discussões das políticas de saúde pública. O grande avanço para esse enfrentamento foi a implementação da logística reversa que recolhe através da devolução voluntária os medicamentos vencidos ou em desuso, para encaminhá-los ao destino ambientalmente correto, diminuindo a contaminação do ambiente. Diante deste cenário, este trabalho tem o objetivo de analisar a legislação que trata dos resíduos sólidos e a Logística Reversa para o descarte de medicamentos aplicadas nas Unidades de Saúde do Município de Campo Grande - MS e demonstrar as vantagens desta logística por meio de dados de quantificação e destinação adequada dos medicamentos. Por meio de um estudo transversal, descritivo, com base em dados da Secretaria de Saúde Municipal (SESAU), com coleta de informações do período de 2016 a 2022. Para alcançar o objetivo proposto foram utilizados dados secundários da Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande e Empresa de Coleta SOLURB, por meio da Divisão Integrada de Gestão em Resíduos de Serviços de Saúde (anexo I). Os resultados evidenciaram que, de janeiro a outubro/2022, foram encaminhados para incineração de resíduos medicamentosos vencidos ou devolvidos pela população um total de 5.270 kg, total que engloba medicamentos e resíduos da classe B. (DGIRSS, 2022), sendo que a estimativa da Divisão de Resíduos sólidos da SESAU, é de 400 kg exclusivo de medicamentos, bimestralmente em média. Não houve informação sobre a política de orientação à população adotada pelo município, sobre a logística reversa de medicamentos em todas as unidades de saúde do município e sobre o monitoramento e fiscalização do processo de tratamento e destinação final dos resíduos. Conclui-se que a quantificação, monitoramento, e fiscalização da cadeia da produção, consumo até a disposição final dos resíduos medicamentosos, são muito deficitários, e que há uma deficiência na comunicação para conscientização da população sobre os impactos do descarte incorreto desses resíduos. Este trabalho contempla a área de Ciências Ambientais e a linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável.