Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
TOBARA, Jéssica Crema |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/43111
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Resumo: |
A lesão intraepitelial de alto grau (LIEAG), precursora do câncer de colo uterino, pode progredir para doença invasiva em até 5% dos casos. O tratamento padrão para essa lesão é a Excisão da Zona de Transformação (EZT), onde parte da cérvix é removida. Entretanto, efeitos adversos dessa técnica, tais como hemorragia entre outros estimulam a busca de novas terapêuticas, como a Terapia Fotodinâmica (TFD). TFD é uma modalidade de tratamento baseada na interação da luz, um fármaco fotossensibilizante e oxigênio. TFD tendo como alvo intracelular mitocôndrias pode ativar distintos mecanismos de morte celular regulada (apoptose intrínseca ou necrose), dependendo da extensão do dano mitocondrial. Para isso emprega-se um agente químico fotossensível específico para mitocôndrias que quando ativado por luz em comprimento de onda específico gera efeitos fotodinâmicos. O presente estudo objetiva avaliar a remissão citológica e colposcópica da LIEAG, assim como clareamento do DNA-HPV, após 6 meses de tratamento com EZT ou TFD. Desenho do estudo e Metodologia: Ensaio clínico piloto randomizado-controlado, em 19 mulheres com LIEAG (NIC-2 histológico), empregando-se TFD baseada em metil aminolevulinato de metila (MAL) ou EZT. As pacientes foram distribuídas em dois grupos: 1. EZT (10 pacientes), e 2. MAL-TFD (9 pacientes), onde creme de MAL a 20% (p/p) foi aplicado 10 horas antes do procedimento e, posteriormente realizada a fotodetecção e aplicação única de LED-630 nm a uma exposição radiante 150 J/cm2 (irradiância 120 mW/cm2 por 21 min). Resultados: Após 6 meses dos tratamentos, observou-se que ambas as terapias MAL-TFD e EZT normalizaram a citologia cervical em 55,6% e 80%, respectivamente (p=0,350). Sendo a negativação colposcópica de 100% no grupo EZT e 67% do grupo TFD (p=0,087). Quanto ao clareamento viral, observou-se negativação em 50% no grupo EZT e 11,1 % no grupo TFD (p>0,05). Por outro lado, o risco absoluto de infecção pelo HPV foi muito próximo, em torno de 50-56% (p>0,05). Ou seja, TFD apresenta baixo risco relativo - i.e., 1,111 (IC95% 0,474 – 2,604). E mesmo que os resultados absolutos dos tratamentos favorecem a EZT, MAL-TFD pode ser considerada como uma potencial estratégia terapêutica, principalmente em mulheres jovens com LIEAG, devido à sua eficácia e segurança e menor risco de complicações clínica e preservação do colo de útero. |