Correlação entre a espessura do carcinoma basocelular nodular e a sua remissão após Terapia Fotodinâmica
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro Biomédico::Faculdade de Ciências Médicas BR UERJ Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/8790 |
Resumo: | O Consenso Internacional de Terapia Fotodinâmica (TFD) tópica recomenda o seu uso principalmente para tumores iniciais e finos, ou seja, com espessura de até 2mm. No entanto, tem-se pouca informação sobre o impacto da espessura tumoral e sua resposta à TFD. O objetivo desse estudo foi avaliar a relação entre a taxa de resposta do carcinoma basocelular nodular (CBCn) à TFD e a sua espessura pré-tratamento. Foi realizado um estudo prospectivo com 48 pacientes tratados com 2 sessões de TFD e o fotosenssibilizante aminolevulinato de metila 16% creme, com intervalo de uma semana. Um total de 72 lesões de CBCn foram biopsiadas antes e após TFD e submetidas à medição da sua espessura desde a camada granulosa. A total remissão clínica do tumor com biópsia pós-tratamento negativa foi definida como resposta completa. O seguimento dos pacientes completou pelo menos 2 anos. A média da espessura dos tumores antes da TFD foi de 1,51mm, variando de 0,6 a 3,4mm e a taxa global de resposta completa foi de 61% (44/72). Com a aplicação do Coeficiente de Correlação de Sperman, representado pela letra grega ρ (rho), verificou-se que a relação entre a espessura do tumor e a taxa de resposta clínica resultou em rho = -0,371 (valor de p = 0,001) e histopatológica em rho = -0,367 (valor de p = 0,002), demonstrando assim uma significativa relação inversa entre as variáveis. Ainda, o teste do qui-quadrado (2) foi aplicado a fim de obter um ponto de corte e após a análise de vários valores, verificou-se que a espessura de 1,25 mm foi o melhor ponto de corte, com uma resposta completa em 76% (22/29) dos tumores ≤ 1,25mm, enquanto tumores > 1,25mm tiveram uma resposta completa em 48% (22/43) dos casos. Com base neste resultado, a estatística 2 = 4.446 foi encontrada, com um referencial teórico de 3.841, o que determinou que tumores com até 1,25mm de espessura na biópsia pré tratamento apresentassem maiores chances de remissão com a TFD. Durante até 4 anos de seguimento, a remissão foi mantida em 93% (41/44) das lesões. A partir daí, concluiu-se que existe uma correlação inversamente proporcional entre a espessura tumoral do CBCn na biópsia pré tratamento e a sua remissão após a TFD. Com isso, sugere-se que a medição da espessura no CBCn pré-TFD possa ser relevante para assegurar uma adequada seleção das lesões elegíveis para TFD e serviria como fator preditor de resposta à TFD. Dessa forma, a medição da espessura tumoral contribuiria para aumentar o potencial do uso mais racional e eficaz da TFD. Porém, as limitações do estudo foram o tamanho da amostra estatística e a possibilidade de uma amostra por biópsia usando punch de 3mm poder não representar com precisão a espessura real de todo o tumor. |