Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
MATTOS, VERÔNICA BETSABÁ |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/31236
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Resumo: |
O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é uma das principais doenças que acometem as mulheres em todo o mundo. No Brasil, na região centro oeste ocupa a segunda posição entre os canceres mais frequentes. As causas de câncer, em geral, são diversas, podendo ser externas (ligada ao meio ambiente e hábitos) ou internas (genéticas) ao organismo humano, estando ambas interligadas. Os agrotóxicos interferem no sistema endócrino e resistem a degradação sendo tóxicos e acumulando em seres vivos. Devido ao fato do estado de Mato Grosso ser considerado um dos maiores consumidores de agrotóxicos no Brasil, com alta incidência de câncer na região centro-oeste, o objetivo deste trabalho foi analisar mulheres com diagnóstico de câncer do colo do útero, expostas ou não a agrotóxicos e seus respectivos controles. Trata-se de um estudo de caso-controle com 300 mulheres (100 casos e 200 controles), onde foram selecionados como casos, mulheres com diagnóstico de câncer de colo de útero e, no grupo controle, mulheres sem histórico de câncer, sendo a coleta realizada no Hospital de Câncer de Mato Grosso e Hospital Geral-Instituto de Tumores de Cuiabá. Foram pareadas de acordo com sexo e idade. Para a coleta dos dados foram realizadas entrevistas utilizando questionário padronizado. As análises bioestatísticas foram realizadas utilizando o pacote estatístico Epi info versão para Windows. Foram realizadas análises bivariadas, o odds ratio com intervalo de confiança de 95% e teste qui quadrado, sendo adotado como nível de significância o valor 0,05 (alfa=5%). Com isso, níveis descritivos (p) inferiores a esse valor foram considerados significativos (p<0,05). A pesquisa permitiu identificar diferença estratificada positiva em mulheres que moram na zona rural apresentando 3,47 vezes (OR 3,47) mais chances de influenciar na ocorrência do câncer do colo do útero do que as mulheres que moram na cidade. Trabalhar ou morar perto de pulverização de agrotóxicos é 3,61 vezes (OR 3,61) mais chance de influenciar no câncer do colo do útero do que não trabalhar ou morar nessas áreas. Aquelas mulheres que trabalham ou já trabalharam por mais de 1 ano na zona rural têm 5,44 vezes (OR 5,44) mais chances de influenciar no câncer do colo do útero do que aquelas que não trabalham na zona rural. As mulheres que moram ou moraram por mais de 1 ano na zona rural têm 3,77 vezes (OR 3,77) mais chances de influenciar no câncer do colo do útero do que aquelas que não moram ou nunca moraram na zona rural. O presente estudo identificou influência na relação entre agrotóxicos e câncer do colo de útero, principalmente para quem mora na zona rural e perto de pulverização de agrotóxicos, sendo sugerido investimentos em controle de aplicação de agrotóxicos assim como o monitoramento de doenças nessas áreas. |