PREVALÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS EM PEDIATRIA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: TURAZZI, JANETE PERIN
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.pgsskroton.com//handle/123456789/32097
Resumo: As reações adversas a medicamentos (RAM) representam um aumento no tempo de internação hospitalar e causam grandes prejuízos financeiros aos sistemas de saúde além do sofrimento causado ao paciente. O Institute for Healthcare Improvement (IHI) desenvolveu um método para identificar prováveis eventos adversos baseado em sinais de danos ao paciente chamados rastreadores. O objetivo do presente trabalho é identificar e estimar a prevalência de RAMs em pacientes pediátricos analisando prontuários com o preenchimento de ficha de coleta de dados com sinais, sintomas, medicamentos e ações denominados rastreadores. Foram analisados os dados dos prontuários dos 220 pacientes pediátricos com idades variando de 30 dias aos 14 anos, destes, 41,82% pertenciam à faixa etária de 02 a 07 anos, internados no período de 01 de agosto a 31 de outubro de 2015 a fim de identificar rastreadores que indicam possíveis RAMs. Observou-se fraturas, traumas e lesões musculares com 26,36% como indicações clínicas de internação, seguida por doenças infecciosas (22,73%). O sexo feminino, no grupo dos 36 pacientes que possuíam pelo menos um rastreador, foi superior (55,5% n=20) ao masculino (44,5% n=16). Analisando os rastreadores observaram-se onze prováveis reações adversas a medicamentos o que corresponde a 30,55% dos pacientes que tiveram pelo menos um tipo de rastreador prescrito. Seis pacientes tinham mais de um rastreador prescrito (54,54%), sendo que os dois rastreadores de maior prevalência no grupo dos pacientes com prováveis RAM foram a dexclorfeniramina e metoclopromida com 18,18%. Entre as classes de medicamentos mais comuns envolvidos nas suspeitas de RAMs estão os anti-infecciosos (Ceftriaxona 23%, Ampicilina e Oxacilina 15%, Amicacina 7%), analgésicos opióides (tramadol 8%), antiemético (metoclopramida 8%), Antídotos (soro antibotrópico 8%). Os sinais e sintomas mais comuns observados foram prurido, erupções cutâneas, náuseas, vômitos, e confusãoletargia. Os diagnósticos mais frequentes encontrados: apendicite 18% (n=2), pneumonia18% (n=2), hérnia inguinal 18% (n=2) outras infecções 18% (n=2) , hemorragia gastrintestinal 9% (n=1), hematúria 9% (n=1) e acidente ofídico 9% (n=1). Quando analisamos o tempo de internação e as prováveis RAMs temos que o tempo médio de internação para os pacientes que não apresentaram RAM (6,25 dias) e para os que provavelmente apresentaram RAM (2,75 dias) diferem entre si. O conhecimento das RAMs pode contribuir e direcionar estratégias para melhoria da segurança do paciente.