Caracterização físicoquímica de 7 espécies de pitayas produzidas na agricultura familiar em Campo Grande, Mato Grosso do Sul e cultivo orgânico

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: SILVA, Pâmella Gonçalves da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Desenvolvimento; Ambiente e Sustentabilidade
• Link de acesso: https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/67942

Uma espécie de fruto exótico que vem despertando o interesse dos produtores nacionais é a pitaya (Hylocereus spp. - Cactaceae), também conhecida como “Fruta-do-Dragão”. É considerada uma planta rústica, originária de regiões do México, América Central e do Sul. A pitaya é uma frutífera pouco exigente em requisitos para o cultivo e teve uma rápida adaptação no estado de Mato Grosso do Sul, porém ainda pouco explorada, o que justifica investigar o seu potencial nutricional e funcional. Objetivou-se investigar as características físico-químicas dos frutos e cascas de 7 espécies de pitaya, cultivadas em Campo Grande contemplando a linha de pesquisa Sociedade, Ambiente e Desenvolvimento Regional Sustentável e os ODS 2 e ODS 12. Os frutos maduros das espécies de pitaya utilizadas (Hylocereus undatus, H. polyrhizus, H. costaricensis, H. setaceus, H. undatus sp., H. polyrhizus var. Makisupa e H. megalanthus var. Colombiana), foram obtidos em matrizes cultivadas na Estância Arco-íris, localizada em Campo Grande – MS. As análises biométricas incluíram 7 variáveis que possibilitaram analisar a qualidade física das amostras. A análise fitoquímica por sua vez, foi realizada nos extratos (20%) aquoso e etanólico de todas as espécies (sendo analisada a polpa e a casca), em via úmida, por meio de uma série de reações, visando apontar os metabólitos secundários presentes nas espécies, bem como sua frequência nas mesmas. Os resultados indicaram maiores médias biométricas para a espécie CR, seguida de PB, já a análise fitoquímica evidenciou 7 classes de metabólitos secundários, que variaram de 5 a 100% de frequência entre as espécies. As espécies PB e MK se destacaram, com as melhores médias de tamanho, quanto a palatabilidade a H. undatus sp. Os resultados para casca indicaram um número significativo de metabólitos secundários presentes, porém, nem todas as espécies poderiam ser consumidas livremente, pois, apresentaram alta frequência de heterosídeos cardiotônicos, a espécie mais recomendada para o consumo, em termos de casca, seria a AM e a adubação com esterco bovino apresentou médias significativas. Concluímos que as espécies de pitayas apresentam valor significativo em termos físicoquímicos, confirmando a relevância deste fruto para a saúde humana.