Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
SOUSA, Flavio Ricardo Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.pgsscogna.com.br//handle/123456789/65809
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Resumo: |
A Doença de Crohn (DC) é uma patologia inflamatória intestinal de origem desconhecida. Manifesta-se em ativações e remissões, sendo o momento da doença avaliada pelo Índice de Harvey-Bradshaw. Pacientes com DC precisam de cuidados terapêuticos para induzir ou manter a remissão e melhorar a qualidade de vida. O tratamento inclui terapia medicamentosa e/ou intervenção cirúrgica. Entre os fármacos usados no tratamento estão imunofármacos, imunossupressores, antibióticos, antiinflamatórios esteroidais e não esteroidais. Os imunofármacos são uma categoria farmacológica nova e tem apresentado bons resultados clínicos, no entanto, deve-se questionar sobre os riscos e as interações medicamentosas com outros fármacos. Esta pesquisa objetivou identificar os riscos e as interações medicamentosas dos imunofármacos com outros medicamentos em pacientes com DC. Para isso, optou-se pela revisão integrativa e pela análise bibliométrica. Para a revisão integrativa foram incluídos estudos do tipo meta-análise e revisão integrativa extraídos de quatro bancos de dados eletrônicos (PUBMED, SCIELO, CAPES e COCHRANE) e publicados no idioma inglês, todos entre os anos de 2016 a 2021. Nas buscas bibliográficas iniciais, identificou-se 902 estudos potenciais, restando, ao final, 18 artigos que correspondiam a todos os critérios de inclusão definidos. Ao final, observou-se que: 1. O uso combinado de imunofármacos com imunossupressores traz como vantagem a diminuição da propensão ao desenvolvimento de anticorpos contra o medicamento biológico, fonte comum de fracasso terapêutico; 2. Os imunofármacos não aumentam o risco de câncer na população exposta; 3. O uso combinado de anti-TNF-α e corticoides não melhora os índices de remissão da DC quando comparado ao uso isolado do fármaco biológico; 4. O uso de biológicos em pacientes com DII não aumenta o risco de desenvolvimento de infecções sérias, mas aumenta o risco de infecções oportunistas, inclusive tuberculose; 5. A terapia combinada de biológicos com imunossupressores e/ou corticoides, de forma geral, aumenta o risco de infecções sérias quando compara-se a pacientes em monoterapia anti-TNF-α; 6. Pacientes fumantes tem mais probabilidade de apresentar psoríase e baixa resposta clínica quando tratados com anti-TNF-α para DC; 7. A combinação de fármacos anti-TNF-α com nutrição enteral melhor os índices de remissão e resposta clínica da DC, além de diminuir o índice de recaída; 8. O uso pré-operatório de infliximabe, adalimumabe ou certolizumabe pegol não aumenta o risco total de complicações pós-operatórias quando comparado ao uso de fármacos imunossupressores, aminossalicitados e corticoides, apesar de predispor a complicações infecciosas. Quanto às análises bibliométricas, usou-se o banco de dados PUBMED. Entre os resultados pode-se enfatizar o interesse crescente da comunidade científica sobre os imunofármacos através dos anos, no entanto, permanece incipiente o número de trabalhos que abordam as interações medicamentosas dos fármacos biológicos. |