Determinação de hidrocarbonetos saturados e aromáticos de óleo mineral em material celulósico para embalagem de alimentos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Correa, Gabriela Chagas
Outros Autores: Padula, Marisa (Orientador)
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital)
Campinas-SP
Brasil
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/100
Resumo: O óleo mineral é composto por hidrocarbonetos saturados (MOSH) e aromáticos (MOAH) e pode estar presente em tintas de impressão usadas em embalagens de alimentos. As embalagens celulósicas feitas de material reciclado podem conter porções significativas de óleo mineral. Os MOSH consistem em alcanos lineares ou ramificados e ciclo-alcanos substituídos com grupos alquila, enquanto que os MOAH incluem principalmente hidrocarbonetos poli - aromáticos substituídos com alquila. As principais fontes de hidrocarbonetos de óleo mineral (MOH) em alimentos são embalagens de alimentos e aditivos, auxiliares de processamento e lubrificantes. Os MOSH de 16 carbonos (C16) a 35 carbonos (C35), podem se acumular em vários tecidos incluindo adiposo, linfonodos, baço e fígado podendo causar micro granulomas. Os MOAH com três ou mais anéis aromáticos não alquilados ou pouco alquilados podem ser mutagênicos e carcinogênicos e, portanto, são potencialmente preocupantes. Como ainda não existem estudos sobre a presença e quantidade de MOH em materiais de embalagem para contato com alimentos no Brasil, este trabalho teve como objetivo principal estabelecer um método de determinação de MOH, baseado no método do BfR (2012) que usa um cartucho de extração em fase sólida de nitrato de prata / sílica gel ativada para a pré-separação e GCFID para a quantificação das frações de MOSH e de MOAH, a fim de monitorar a presença destas substâncias em cartões feitos com diferentes teores de aparas pré e pós-consumo. O método se mostrou adequado para análise de cartões de material reciclado e cartões de fibra virgem, além de aparas pré e pós-consumo. Nos cartões feitos com material reciclado as concentrações determinadas de óleo mineral foram de 13,1 – 36,9 mg/kg para MOSH e de 29,1 – 50,8 mg/kg para MOAH, sendo que esses valores variam em função da época de produção dos cartões. As aparas pós-consumo apresentaram maiores teores de óleo mineral (305,7 mg/kg para MOSH e 187,2 mg/kg para MOAH) do que as aparas pré-consumo (41,5 mg/kg para MOSH e 50,9 mg/kg para MOAH). Foi observado que mesmo os cartões 100% fibra virgem apresentaram óleo mineral (14,5 – 21,4 mg/kg para MOSH e 16,0 – 22,5 mg/kg para MOAH).