Uma análise sobre os efeitos da educação no tamanho médio das firmas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Barrena, James Otavio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/2577
Resumo: O tamanho médio das firmas é um importante indicativo sobre o grau de produtividade e desenvolvimento das economias. Dessa forma, entender os fatores que fazem com que países mais desenvolvidos possuam, em média, firmas com um maior número de empregados, auxilia conjuntamente no entendimento de sua produtividade. A literatura de macroeconomia do desenvolvimento possui diversos trabalhos já documentados sobre como o avanço tecnológico é relevante na determinação do tamanho das firmas, porém tem explorado em menores proporções a contribuição do capital humano, como atendimento educacional, nesse contexto. Dessa forma, o presente trabalho buscou mensurar quantitativamente qual o papel da educação da população e dos empreendedores na determinação do tamanho das firmas. Os resultados encontrados, via estimação de dados em painel, sugeriram que um maior atendimento em ensino secundário, quando considerada a população do país como um todo, tem um impacto positivo no tamanho das firmas. Um aumento de 10 p.p nesse atendimento aumenta, em média, 8% o tamanho médio das firmas. Da mesma forma, o aumento de 10 p.p no share de empreendedores com ensino superior aumenta, em média, 14% o tamanho médio das firmas, pelas estimações encontradas. Além disso, em linha com outros trabalhos da literatura sobre má alocação dos recursos, encontrou-se uma forte correlação entre fatores institucionais causadores de misallocation, como qualidade legislativa, e tamanho das firmas sendo essa última a variável de maior relevância no modelo. Os resultados positivos entre educação e tamanho médio das firmas prevalecem mesmo controlando as estimações com proxies de má alocação dos recursos. Conclui-se, portanto, que uma melhora no nível educacional na população e, principalmente dos empreendedores, conjuntamente realizadas com melhoras institucionais que diminuam a presença de misallocation tendem aumentar o tamanho médio das firmas das economias da amostra e podem ser um importante driver para melhora de produtividade dos países.