Teste de quebras estruturais dos coeficientes betas do mercado acionário brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Lima, Ronaldo Gomes Dultra De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.repositorio.insper.edu.br/handle/11224/1067
Resumo: O objetivo da presente dissertação é discutir e analisar a estabilidade do coeficiente beta no mercado de ações brasileiro quando a data da possível mudança estrutural é desconhecida. Essa é uma discussão inédita no mercado acionário brasileiro quando se utilizam testes de quebras estruturais. Foram aplicados os testes supremos definidos por Andrews (1993) e testes exponencial e exponencial ponderado definidos Andrews e Ploberger (1994) às amostras de retornos semanais e mensais de 92 ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa e regredidas contra diferentes índices: Ibovespa e MSCI Brasil. Os resultados foram comparados ao teste de Chow (1960). Quanto ao teste de Chow, os resultados mostraram que o coeficiente beta é altamente instável tanto para ativos individuais quanto para carteiras e que período de tempos maiores para fins de estimação do coeficiente deteriora a sua estabilidade. As regressões contra diferentes índices, também, não favoreceram a melhora da estabilidade. Os resultados dos testes supremos, testes exponencial e exponencial ponderado, mostraram evidências de que o beta é estável ao longo do tempo, contrariando os resultados apontados pelo teste de Chow. Há evidências de que o MSCI Brasil produz betas mais estáveis quando se utilizam retornos semanais enquanto o Ibovespa produz betas mais estáveis quando se utilizam retornos mensais. Os resultados dos testes mais sofisticados, quando não se fixa a priori a data da quebra estrutural, indicam uma estabilidade de betas muito superior ao apontado pela literatura e com o que se obtém com testes mais simples. Isso gera uma esperança de que há menos problemas na utilização de betas para apurar taxas de desconto do que se acredita atualmente.