Estudo de distúrbios ionosféricos propagantes de média escala no hemisfério sul utilizando técnicas óticas, de rádio e simulações numéricas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Cristiano Sarzi Machado
Orientador(a): Alexandre Alvares Pimenta, Nelson Jorge Schuch
Banca de defesa: José Augusto Bittencourt, José Ricardo Abalde Guede, Virginia Klausner de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação do INPE em Geofísica Espacial/Ciências Atmosféricas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: BR
Resumo em Inglês: Using OI 630.0 nm all-sky images, obtained between 1990 and 2011 by ground-based imaging systems installed at Cachoeira Paulista (22.7${°}$ S, 45.0${°}$ W, DIP angle -37.6${°}$) and Sao Martinho da Serra (29.4${°}$ S , 53.8${°}$ W, DIP angle = -37.3${°}$) were detected a set of MSTIDs cases that propagates Northwestward, indicating that they are related to Perkins instability at mid-latitudes. In order to verify the wave front extension of the MSTIDs, digisonde data (foF2, h${'}$F e hmF2 parameters) from Porto Stanley (51.6 ${°}$ S, 57.9 ${°}$O, DIP angle = -49.8 ${°}$), Ascension (07 , 95 ${°}$ S, 14.4 ${°}$ C, DIP angle = -43.4 ${°}$) and Cachoeira Paulista (22.7 ${°}$ S, 45.0 ${°}$ C, DIP angle = -37.6 ${°}$) were analyzed. The spread F type was also considered. Five cases with simultaneous occurrence were found, in geomagnetically quiet periods (K$_{p}$<3), indicating that the wave front can extend for more than 6250 km in the Southern Hemisphere. Using the magnetohydrodynamic theory, the absorption index of MSTID were calculated under different solar activity (solar minimum and solar maximum) .The results showed that the MSTID propagation depends on the electronic concentration of the F region plasma. The propagation distance is smaller during solar maximum. Numerical simulations were conducted to evaluate the role of the South America Magnetic Anomaly (SAMA) in the generation of acoustic-gravity waves. The results show that the Joule effect caused by the enhancement of the E region current, due to the particles precipitation in the SAMA should generate acoustic-gravity waves, which can act as a trigger of Perkins instability at mid-latitudes.
Link de acesso: http://urlib.net/sid.inpe.br/mtc-m21b/2017/11.13.11.46
Resumo: Utilizando imagens all-sky da emissão OI 630,0 nm obtidas entre 1990 e 2011 por imageadores instalados em Cachoeira Paulista (22,7$^{°}$S; 45,0 $^{°}$O; ângulo DIP = -37,6$^{°}$) e São Martinho da Serra (29,4$^{°}$S; 53,8$^{°}$O, ângulo DIP = -37,3$^{°}$), foram catalogados MSTIDs (Medium Scale Traveling Ionospheric Disturbances) que se propagam para Noroeste, cuja origem está relacionada ao processo de instabilidade de plasma Perkins em médias latitudes. Para avaliar a extensão da frente de onda dos MSTIDs, foi analisado o comportamento dos parâmetros foF2, h${'}$F e hmF2, obtidos pelas digissondas de Porto Stanley (51,6 $^{°}$S; 57,9 $^{°}$O; ângulo DIP = -49,8$^{°}$), Ascensão (07,95 $^{°}$S; 14,4 $^{°}$O; ângulo DIP = -43,4$^{°}$) e Cachoeira Paulista (22,7$^{°}$S; 45,0 $^{°}$O; ângulo DIP = -37,6$^{°}$). O tipo de espalhamento na região F do sinal nos ionogramas também foi verificado. Foram observados 5 casos com ocorrência simultânea, todos em períodos geomagneticamente calmos (K$_{p}$<3), indicando que a frente de onda dos MSTIDs pode se estender por mais de 6250 km no hemisfério Sul. A partir da Teoria Magnetohidrodinâmica, foi calculado o índice de absorção para dois casos de MSTIDs em períodos distintos do ciclo solar (atividade solar máxima e mínima). Os resultados mostraram que a distância de propagação depende da concentração eletrônica do plasma da região F, sendo menores durante o período de máxima atividade solar. Simulações numéricas foram conduzidas para avaliar o papel da Anomalia Magnética da América do Sul (AMAS) na geração de ondas de gravidade-acústicas. Os resultados mostram que o efeito Joule causado pelo acréscimo da corrente na região E, devido à precipitação de partículas na AMAS é capaz de gerar ondas de gravidade-acústica, que podem atuar como gatilho da instabilidade Perkins em médias latitudes.