Influência do hábitat e da espécie de planta hospedeira no estabelecimento de colônias de formigas em duas mirmecófitas da Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Nery, Andréa Santos
Orientador(a): Vasconcelos, Heraldo Luís de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12572
http://lattes.cnpq.br/0468627722392222
Resumo: Neste trabalho determinei primeiramente, o efeito do ambiente de luz (clareiras ou sub-bosque sombreado) e das espécies de plantas hospedeira na sobrevivência de rainhas, no estabelecimento de colônias e na colonização de formigas associadas a plantas mirmecófitas. O sucesso na sobrevivência foi avaliado colonizando-se experimentalmente plântulas de Maieta guianensis com rainhas de Crematogaster laevis e Pheidole minutula, e plântulas de Tococa bullifera com rainhas de C. laevis, Azteca sp. e P. minutula. Os resultados demonstraram que, em M. guianensis, sobrevivência de rainhas de C. Laevis é maior que a de rainhas de P. minutula, particularmente no sub-bosque sombreado. Por outro lado, em T. bullifera, não houve diferença entre C. laevis e Azteca spp na sobrvivência das rainhas, quer seja em clareiras ou no sub-bosque sombreado. O sucesso na fundação de colônias por C. laevis foi independentemente da espécie de planta hospedeira. Em M. guianensis, colônias de C. laevis ou de P. minutula iniciadas com cinco rainha, cresceram mais rápido que colônias de P. minutula iniciadas com uma única rainha. Entretanto para T. bullifera, não encontrei diferenças na taxa de crescimento entre formigas. De um modo geral, o ambiente de luz e a espécie de planta hospedeira não influenciaram significativamente o crescimento das colônias. Já a taxa de colonização foi maior em plantas de clareiras do que naquelas de sub-bosques, possivelmente devido a proximidade de plantas adultas. O segundo capítulo trata do efeito da origem de cultivo as plântulas (casa de vegetação com 31% ou 68% de luz (clareiras ou sub-bosque sombreados) e da posição topográfica (platô ou baixio), sobre a intensidade de ataque por insetos herbívoros, em plântulas de T. bullifera. Os resultados indicam que plântula cultivadas em casas de vegetação com 68% de luz e plântulas localizadas em áreas de clareiras foram mais atacadas por herbívoros. Já, a posição topográfica não afetou os níveis de herbivoria. A abundância e a riqueza de herbívoros também foram maiores em áreas de clareiras. possivelmente a intensidade de luz modifica as características foliares de T. bullifera, afetando assim o seu grau de palatabilidade e a susceptibilidade ao ataque por insetos.