Recolonização de Capoeiras com Diferentes Histórias de uso por Plantas Mirmecófitas e suas Formigas Associadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Izzo, Thiago Junqueira
Orientador(a): Vasconcelos, Heraldo L.
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12256
http://lattes.cnpq.br/7106236848048146
Resumo: Foram estudados alguns fatores que influenciam o re-estabelecimento de plantas mirmecófitas e formigas associadas em capoeiras submetidas a sucessivas queimadas antes do abandono (dominadas por pioneiras do gênero Vismia), capoeiras onde a vegetação foi apenas retirada (dominadas por Cecropia) e áreas de floresta madura e não perturbada. A riqueza e abundância de plantas mirmecófitas foi muito maior em matas do que em capoeiras, porém estes parâmetros não diferiram entre capoeiras com diferentes históricos de uso. A composição de plantas mirmecófitas é diferente entre capoeiras. Enquanto que em capoeiras dominadas por Vismia a composição mudou em função do número de queimas, em capoeiras de Cecropia ela foi relacionada com a idade de abandono. A composição de formigas que usam mirmecófitas foi fortemente relacionada com a composição local de plantas mirmecófitas, independente do tipo de ambiente. Porém, a proporção de plantas desocupadas ou associadas com formigas oportunistas foi maior em capoeiras dominadas por Vismia do que em capoeiras de Cecropia ou matas não perturbadas. A colonização da planta mimecófita Maieta guianensis em florestas secudárias foi limitada pela distância da fonte de rainhas jovens de formigas (neste caso a mata primária). Houve uma diminuição da proporção de plantas colonizadas, assim como na taxa de colonização pela principal espécie de formiga associada a esta planta (Pheidole minutula) em ambos os tipos de capoeira. Uma vez colonizadas por P. minutula, as plantas e formigas se desenvolveram e produziram alados com sucesso. Isto pôde ser observado também no sistema Cordia nodosa–Azteca sp. 2, mas não em Hirtella myrmecophila-Allomerus octoarticulatus, o sistema mais comum na Amazônia Central. Tanto em M. guianensis quanto em C. nodosa, as formigas residentes mantém coccídeos no interior das domáceas. Isto não ocorre em H. myrmecophila, que apresenta menos formigas por domácea e, conseqüentemente, mais herbivoria em capoeiras. Não houve diferença entre diferentes capoeiras para herbivoria para nenhuma das espécies de plantas estudadas.