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Os peixes amazônicos vivem perto dos seus limites térmicos? O efeito das mudanças climáticas sobre a ecofisiologia de peixes de Igarapé da Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Campos, Derek Felipe
Orientador(a): Almeida-Val, Vera Maria Fonseca
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11515
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4246355Y1&tokenCaptchar=03AOLTBLSUr1tyh51Krj_9irBxEYG_fXEJCefMIf7c3OLB3cEazuBzUtDCVG44YFgeJFjCH72piuSVq24v7Il4n0SAaQro-7siydzQL8AAzPilXm_SfOaOGEkctO4iUxZ1bLjB_BDGY1FeUz9pGwPvFCkMyWh0upA8u5gEK6C4B9mVqXk-OJNqOApJtAi0ivZd3mCRzMUXzSX3o1m1g2bl8byfBR-4tHTQUW1W_kQxZI2E7CSf0zS2UB3CpREZqBA3xKnJBARAidir4j0BiED1xMglLCmiRPRL3pBPaM1MpToj--nEwit9gOu5DbhewVIvZ0DzDn2-_T2Y6df8DmYBjIUBdY01H80ALw
Resumo: Desde a revolução industrial, a terra vem enfrentando aumentos na concentração de CO2 que, consequentemente, têm levado ao aumento das temperaturas médias globais. Dos últimos 23 anos 22 tiveram temperaturas acima da média global. Temperatura é o principal fator que afeta a vida das espécies ectotérmicas. Além disso, espera-se que espécies tropicais sejam especialmente vulneráveis a aumentos de temperatura, uma vez que muitas delas parecem ter uma faixa de tolerância térmica mais estreita e vivem mais perto de seus limites térmicos. No entanto, até o presente momento estudos que avaliem a vulnerabilidade das espécies Amazônicas são inexistentes. Dentre estas espécies, os peixes de Igarapé parecem ser especialmente vulneráveis, uma vez que ocorrem em um ambiente térmico extremamente estável. Portanto, a presente tese tem como objetivo avaliar a capacidade de adaptação frente ao aumente de temperatura e CO2 sobre os parâmetros fisiológicos em espécies de peixes de Igarapé. No capitulo I nossos resultados mostraram que espécies ativas apresentam alta demanda energética a fim de suprir os custos de manutenção para uma alta atividade e, por isso, apresentam uma reduzida tolerância térmica. Ainda, no capitulo II, Hyphessobrychon melazonatus, espécie ativa, aclimatada ao cenário de mudanças climáticas extremo apresentou grandes distúrbios osmorregulatórios, que podem ter importantes impactos na capacidade de sobrevivência ao longo prazo Na realidade, no capitulo III nós observamos que todas as três espécies apresentam alterações metabólicas e danos celulares aclimatas as condições climáticas futuras, no entanto, H. melazonatus, foi a espécie que apresentou os maiores índices de mortalidade, danos lipídios e redução na janela térmica. No capitulo IV nós mostramos que Pyrrhullina brevis aclimatadas por 180 dias no cenário extremo apresenta um redução no tamanho corporal, de acordo com a terceira resposta universal a temperatura. No entanto, ao contrário da hipótese 13 OCLTT, a redução no tamanho não está ligada a uma incapacidade de suprimento de oxigênio aos tecidos, mas sim parece estar relacionado a um aumento nos níveis de danos celulares que impedem o crescimento de acordo com a life-history trade-off theory. Nossos resultados ressaltam a importância de políticas públicas voltadas para a diminuição dos agentes causadores das mudanças climáticas e para a preservação das áreas de floresta que têm papel fundamental na manutenção da temperatura dos Igarapés.