Regeneração natural das clareiras antrópicas da Província Petrolífera de Urucu-Coari, AM

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Silva, Juliana Moreno da
Orientador(a): Morais, Maria de Lourdes da Costa Soares
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Botânica
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12759
http://lattes.cnpq.br/0717076382903997
Resumo: No presente trabalho estudou-se a regeneração natural em 10 clareiras antrópicas da Província Petrolífera de Urucu, município de Coari (Amazonas) e variáveis ambientais que podem influenciar na regeneração. Foram seguidas metodologias de inventário florístico e fitossociológico, coletas de solo em todas as clareiras estudadas e a medida da distância entre a clareira e borda da floresta. Para analisar a relação entre a composição florística da regeneração natural e as variáveis ambientais recorreu-se à Análise de Correspondência Canônica (CCA). As 10 clareiras apresentaram baixa diversidade e equitabilidade, um número maior de espécies pioneiras em relação às clímax, maior concentração dos espécimes nas menores classes de altura e ocorrência de espécies exóticas. Nas clareiras 19 e 25 e na jazida 33 houve predomínio de espécies herbáceas enquanto nas jazidas 21, 22 e RUCs e LUCs houve o predomínio de espécies lenhosas. Algumas clareiras apresentaram o dossel parcialmente fechado, porém, com um subosque pouco estratificado, sobretudo quando os indivíduos que constituíam o dossel eram de espécies exóticas como Syzygium jambolanum e Clitoria racemosa ou pelo adensamento de indivíduos de espécies nativas do gênero Inga. Segundo a CCA, Bellucia grossularioides, espécie mais frequente, e Fimbristylis diphylla a mais abundante da regeneração natural estão relacionadas com baixos teores de Al e Ca, respectivamente. Observou-se também que a maior parte das ervas (Poaceae e Cyperaceae) estão positivamente relacionadas com Al e a distância da clareira até a borda da floresta, enquanto as espécies lenhosas estão na sua maioria relacionadas com moderados teores de Mn. As clareiras (19 e 25) estão relacionadas com espécies herbáceas enquanto que jazidas, RUCs e LUCs estão mais relacionadas a espécies lenhosas. As clareiras 19 e 25, jazidas e RUCs e LUCs apresentaram-se associadas ao Al, à distância da clareira a borda da floresta e a baixas concentrações de Mn. Os resultados amostrados através dos estudos de florística e fitossociologia indicam que as 10 clareiras estão nos primórdios sucessionais ecológico e que as espécies exóticas S. jambolanum e C. racemosa, e as espécies nativas do gênero Inga são as principais inibidoras da regeneração natural das espécies nativas.