Moina micrura Kurtz 1874, (Crustacea: Anomopoda): Alternativa de alimento vivo para larvicultura de peixes amazônicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nascimento, Renan Gomes
Orientador(a): Santos-Silva, Edinaldo Nelson dos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11401
http://lattes.cnpq.br/8241731214987221
Resumo: No que diz respeito à produção de alimento vivo, o cultivo em grande escala do zooplâncton sempre foi um fator limitante nas práticas da aquicultura. Os locais designados para a produção do zooplâncton normalmente são tanques, que são fertilizados com nutrientes orgânicos ou inorgânicos, para proporcionar o desenvolvimento de microalgas e assim suportar o crescimento do zooplâncton. A composição e densidade das microalgas no ambiente tem sido relatado como um dos principais fatores controladores do crescimento populacional do zooplâncton durante o cultivo, uma vez que a baixa disponibilidade desse recurso diminui o número de progênies produzidas, além de mudar o modo reprodutivo dos cladóceros de reprodução assexuada para sexuada, na qual as fêmeas produzem no máximo duas progênies, que entram em dormência. A produção das formas de resistência tem uma série de implicações envolvendo tanto a produção do próprio zooplâncton como o zooplâncton como alimento vivo para o sucesso da larvicultura. Portanto, compreender o papel dessas formas para a produção do zooplâncton como alimento vivo, além de entender em quais condições o zooplâncton passa a produzir as formas dormentes foi o objetivo desse estudo. Para entender o papel das formas dormentes no processo de cultivo, foi utilizado um tanque (9,6x4,8x0,9m) do INPA. No tanque, foram realizadas coletas para estimativa da densidade do fitoplâncton, coletas do sedimento tanto para estimativa da densidade quanto para eclosão diária das formas de resistência, além da coleta das formas dormentes produzidas pela comunidade ativa no tanque. Para entender em quais condições o zooplâncton passa a produzir as formas dormentes, nós testamos o efeito de diferentes densidades de fitoplâncton (A1 5x103, A2 5x104, A3 5x106 cells/mL) e diferentes densidades (densidade inicial C1 5, C2 15 e C3 30 organismos) na produção de formas de resistência em Moina micrura. Foi estimado uma densidade de 1,18 de efípios/g de sedimento. A taxa média de eclosão foi de 20,8 indivíduos m-2 dia-1. A taxa média de produção foi de 164,5 formas de resistência m-2 dia-1. As formas de resistência presentes nos sedimentos são determinantes para o sucesso na produção do zooplâncton. A densidade do fitoplâncton foi preponderante para a reprodução assexuada prevalecer na população durante o período de estudo. Não encontramos relação entre o aumento da densidade populacional e a produção de formas de resistência neste estudo.