Calliphoridae (Diptera) do noroeste da América do Sul: diversidade, distribuição e código de barras genético

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Garcia, Eduardo Carlo Amat
Orientador(a): Rafael, José Albertino
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12355
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4276530J6
Resumo: Estudou-se a fauna de Calliphoridae (Diptera) na região noroeste da América do Sul, abordando três aspectos principais: 1. Diversidade local das assembleias; 2. Distribuição geográfica das espécies; e 3. Uso de sequências de DNA na identificação genética das espécies. Para estudar os padrões de diversidade local e avaliar os padrões de riqueza, abundância e dominância foram escolhidos três cenários: o interflúvio amazônico, o gradiente altitudinal nos Andes Colombianos e o ecossistema de Páramo andino. Além disso, foi compilada a informação geográfica de 13.474 espécimes de 28 espécies, depositados em onze coleções entomológicas localizadas no Brasil, Colômbia, Equador e Venezuela. Com base nessa informação foi possível dividir a área de estudo em seis regiões naturais: Amazônia, Andes, Caribe, Orinoquia, Pacífica e Tepuiana. Também foi possível identificar padrões preliminares de distribuição espacial e classificar a fauna de califorídeos segundo a origem biogeográfica: espécies tropicais (25 spp.) temperadas (4 spp.) e introduzidas (4 spp.); segundo a distribuição altitudinal: espécies de terras baixas (17 spp.), espécies de montanha (27 spp.) e espécies de altas elevações (8 spp.) e segundo o grau de sinantropia em espécies assinantrópicas (14 spp.), hemissiantrópicas (13 spp.) e sinantrópicas (14 spp.). Finalmente, foram fornecidas as sequências curtas de DNA mitocondrial com 317 pares de bases (mini-barcode) para trinta espécies, possibilitando a identificação molecular das de Calliphora, Chrysomya, Cochliomyia, Compsomyiops, Sarconesia e Hemilucilia. Contudo, o marcador escolhido não foi adequado para identificar as espécies de Lucilia. Além disso, foram recuperadas as sequências genéticas de exemplares antigos depositados em coleções por até 57 anos. Os padrões de diversidade global e os encontrados em cada assembleia avaliada demostraram que a existência de um gradiente altitudinal afeta a composição da fauna de Califorídeos. Foi demostrado que as elevações intermediarias andinas são as mais ricas em espécies e que os Paramos andinos são pobres em califorídeos. A evidente sensibilidade dos Calliphoridae aos ambientes antropogênicos, seu número baixo de espécies e sua taxonomia relativamente estável faz deste um grupo ideal para utilização como indicador de ambientes antropisádos na região norte da América do Sul.