Autoecologia em Carapa vasquezii Kenfack (Meliaceae) de ocorrência natural na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Zidko, Alexsandro
Orientador(a): Sampaio, Paulo de Tarso Barbosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5390
http://lattes.cnpq.br/0819931882663512
Resumo: Conhecida como andiroba, sua madeira valiosa é denominada crabwood no mercado internacional e suas sementes fornecem um dos óleos medicinais mais utilizados na Amazônia. O comportamento de uma espécie é diferenciado pelos hábitos e acomodações às condições do ambiente? Durante 36 meses o estudo fenológico de 20 árvores nativas de Carapa vasquezii na Estação Experimental de Silvicultura Tropical - INPA, Manaus AM mostrou um padrão sub anual com floração nos meses de setembro e dezembro e formação dos frutos e deiscência nos 75 dias após a polinização. No estudo autoecológico realizado no mesmo período, três indivíduos tiveram acompanhamento "in loco". Verificou-se Que a planta é monóica, alógama de fecundação cruzada que requer um vetor de polinização. As abelhas Ptilotrigona lurida e Trigona pr. jiílviventris (Apidae: Hymenoptera) e as borboletas Nymphidium azanoides amazonensis e Calospila apothera (Riodinidae: Lepidoptera) foram consideradas polinizadoras legítimas. O resultado dos tratamentos estatísticos da morfologia polínica das três espécies de Carapa Aubl. (Meliaceae) da Amazônia brasileira apontou C. vasquezii como detentora de valores inferiores às demais em todos os quesitos, apenas com uma endoabertura sobrepujante As dimensões das outras espécies mensuradas. Não foram observados grãos de pólen nas flores pistiladas de ambas as espécies. O fruto de C. vasquezii pode conter até seis sementes por valva e sua dispersão foi barocórica. Antes da deiscência dos frutos, estes receberam a visita e a oviposição de mariposas da espécie Hypsipylaferrealis (Pyralidae) que na fase lama1 danificaram a maioria das sementes, porém algumas mariposas foram parasitadas por Mesostenus sp. (Ichneumonidae). A espécie Lepiostylus plauius (Cerarnbycidae: Coleoptera) realizou seu ciclo biológico no interior dos frutos. As sementes dispersas no solo serviram de alimento para cutias. As interações ecológicas de C. vasquezii mostraram uma simbiose com formigas protetoras dos nectários extraflorais que receberam intensa visitação de insetos.