Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Amoêdo, Semirian Campos |
Orientador(a): |
Ferraz, Isolde Dorothea Kossmann,
http://lattes.cnpq.br/1828343879180745 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Botânica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12731
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Resumo: |
As espécies de andiroba da região da Amazônia (Carapa guianensis Aubl. e Carapa surinamensis Miq.) são árvores de uso múltiplo, amplamente exploradas, devido a sua madeira de valor comercial e óleo das sementes, usado em produtos fitoterápicos e cosméticos. As sementes são recalcitrantes e de germinação lenta, características que dificulta a propagação das plantas e comercialização das sementes. O presente estudo teve como objetivo determinar as temperaturas cardeais de germinação de sementes em diferentes critérios de germinação observáveis durante o desenvolvimento inicial, também verificar um possível retardo do processo de germinação pela resistência mecânica do tegumento e desenvolver um protocolo sobre a coloração de tetrazólio das sementes viáveis, para futuros estudos fisiológicos ou avaliação da qualidade de sementes. A dissertação é dividida em três capítulos: No primeiro e segundo são apresentados resultados sobre o efeito da temperatura entre 10 a 40 °C na germinação das sementes e no desenvolvimento inicial de C. surinamensis e C. guianensis respectivamente. Os dados coletados para a dissertação de mestrado foram complementados com resultados anteriores para a consolidação dos mesmos. Todas as sementes foram coletadas nos plantios florestais do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, ao norte de Manaus. Os testes de germinação das sementes de C. surinamensis foram feitos com sementes intactas e após a retirada do tegumento. Testes com C. guianensis foram feitos somente com sementes sem tegumento. Os testes de germinação foram conduzidos em câmaras com temperaturas constantes (± 1°C) e fotoperíodo de 12 horas. A germinação foi avaliada a partir de três estádios germinativos: (1) formação da radícula, com comprimento ≥ 0,5 cm; (2) alongamento do epicótilo com comprimento ≥ 1 cm e (3) alongamento do epicótilo, com comprimento ≥ 5 cm. Nos testes com C. surinamensis foram avaliadas os três critérios e com C. guianensis o primeiro e terceiro. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, com quatro repetições de 20 sementes a cada temperatura. Os dados de coletas distintas foram analisados por análise de variância conjunta e ANOVA simples, a comparação de médias a 5% foi feita pelo teste de Tukey. As sementes de C. surinamensis apresentaram alta percentagem de germinação entre 15 e 35 ºC. A temperatura mínima de germinação para os três estádios situou-se entre 10 e 15 ºC. Para a radícula, a temperatura máxima foi acima de 40 ºC e entre 35 e 40 °C para o desenvolvimento da parte aérea. A velocidade de germinação indicou a temperatura de 30 ºC como ótima para todos os estádios. A retirada do tegumento reduziu o tempo final da protrusão da radícula, na temperatura ótima, de 44 para 23 dias. As sementes de C. guianensis apresentaram alta porcentagem germinativa sem diferença significativa entre 15 e 30 °C para a protrusão da radícula, entretanto o alongamento do epicótilo foi mais restrito entre as temperaturas de 25 a 30 °C. As temperaturas mínimas foram similares às de C. surinamensis e a máxima foi entre 35 e 40 °C para ambos os critérios. O índice de velocidade de germinação indicou 30 °C como mais adequada na comparação de dois anos de coleta, porém há necessidade de confirmação. No terceiro capitulo uma metodologia para coloração com o tetrazólio foi elaborada e validada com teste de germinação para ambas as espécies (C. guianensis e C. surinamensis). Primeiramente a coloração das sementes foi avaliada durante um período de até seis horas, com diferentes concentrações da solução de tetrazólio (0,05; 0,10; 0,25 e 0,50%,) e três temperaturas (25, 30, 35 °C). Comparando os bons resultados da coloração, com custos e tempo de trabalho, a concentração de 0,1% a 30 ° C durante três horas foi considerada adequada para ambas as espécies. Um método para o corte da semente foi elaborado para visualizar o minúsculo eixo embrionário e expô-lo a solução. Em seguida o protocolo foi validado com sementes de diferentes qualidades (entre 0 - 90% de capacidade germinativa), obtidas pela secagem controlada das sementes recalcitrantes sob ventilador. O teste de germinação foi realizado paralelamente ao de coloração das sementes, com o mesmo número de sementes. Com base nos padrões de coloração, foram definidas quatro classes de viabilidade. A classificação foi comparada e validada com os resultados de dois critérios de germinação (raiz ≥ 0,5 cm e plântulas normais). O protocolo proposto para a coloração do tetrazólio foi eficiente na avaliação da viabilidade de sementes de ambas as espécies. Este estudo determinou pela primeira vez as temperaturas cardeais de germinação das sementes de andiroba, comparando a sensibilidade térmica dos estágios de desenvolvimento inicial de C. guianensis e C. surinamensis. As duas espécies mostraram diferenças na resposta à temperatura. A viabilidade das sementes recalcitrantes de andiroba pode ser avaliada em poucas horas com o protocolo tetrazólio proposto. O método pode ser útil em estudos fisiológicos ou morfológicos desta ou de outras espécies do gênero Carapa. |