Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Ferreira Neto, Gilson de Souza |
Orientador(a): |
Barnett, Adrian Paul Ashton |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: |
https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12022
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Resumo: |
Os principais mecanismos que regulam a distribuição das espécies em ilhas fluviais são pouco conhecidos. Entender como os ciclos biogeoquímicos afetam a biosfera é um fator-chave para a compreensão do funcionamento dos ecossistemas. Na Amazônia, em uma escala regional, poucos estudos investigaram como a fertilidade do solo pode influenciar a abundância de mamíferos. Estudos prévios têm demonstrado que os mamíferos herbívoros podem ser indiretamente influenciados pela fertilidade do solo por meio de maior investimento das plantas em frutos e maior qualidade nutricional de folhas e frutos. A maioria desses estudos compararam extremos de gradientes ambientais (terra-firme e várzea e Amazônia sentido lesteoeste). Neste trabalho objetivamos investigar como a variação pequena de nutrientes encontrada nos solos, e adicionalmente outros aspectos da paisagem e fatores antrópicos, em ilhas fluviais, podem afetar as assembleias de mamíferos. A nossa expectativa era de que a fertilidade do solo, área basal de árvores, área florestada e distância do ponto de amostragem para a comunidade humana mais próxima influenciassem positivamente, enquanto que a exploração madeireira nestes ambientes e distância do ponto de amostragem a áreas de terra firme influenciassem negativamente a abundância total de mamíferos e proporção de herbívoros. Ainda, para espécies generalistas e onívoras estas relações seriam nulas. Os dados de abundancia relativa das espécies de mamíferos foram estimados utilizando 49 armadilhas fotográficas espaçadas cerca de 2km umas das outras no arquipélago, as quais operaram 24 horas durante 60 dias de amostragem. As relações entre as variáveis preditoras e a abundância relativa foram investigadas por uma série de modelos lineares generalizados (GLM). A espécie onívora Didelphis marsupialis contabilizou 60% dos registros totais de mamíferos. Nenhuma das variáveis preditoras, tanto ambientais quanto antrópicas foram capazes de explicar a abundância total de indivíduos e a proporção de Didelphis marsupialis na assembleia. Por outro lado, ao considerar somente as espécies herbívoras nas análises, a fertilidade do solo foi a variável explicativa com o maior poder preditivo e influenciou positivamente a proporção de mamíferos herbívoros. Os resultados deste trabalho indicam que a fertilidade do solo, em ilhas fluviais que recebem diferentes aportes de nutrientes, afeta de forma diferencial a proporção de indivíduos dentro de grandes agrupamentos taxonômicos, como os mamíferos terrestres. |