Variação temporal da ictiofauna em igarapés de terra-firme, reserva ducke, Manaus, Amazonas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Espírito Santo, Helder Mateus Viana
Orientador(a): Magnusson, William Ernest
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ecologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11852
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4779421Z6
Resumo: A variação temporal da ictiofauna entre três diferentes momentos do ciclo hidrológico (final da seca de 2005, chuva de 2006 e início da seca de 2006) e suas relações com variações ambientais foram investigadas em 31 riachos de primeira e segunda ordem, regionalmente conhecidos como igarapés, em área de floresta de terra-firme da Reserva Florestal Adolpho Ducke, Amazônia Central. Peixes foram capturados usando puçás e redes de mão, e estimativas de volume e características físico-químicas da água foram obtidas em cada amostragem ao longo de trechos fixos de 50 metros de riacho. O número médio de espécies e de indivíduos capturados foi menor no período chuvoso, contrastando com estudos anteriores que não identificaram diferenças significantes em densidade de peixes entre épocas do ano em riachos de terra-firme. A composição da ictiofauna também apresentou uma tendência sazonal de mudança, na forma de variações de abundância das espécies mais comuns, possivelmente relacionadas a deslocamentos laterais para poças temporárias adjacentes no período chuvoso. A qualidade da água e a composição do substrato dos riachos também apresentaram mudanças sazonais, mas não estiveram relacionadas às variações da ictiofauna. Comparações da composição da ictiofauna registrada em 2006 com a composição identificada em 2001 revelaram uma manutenção da estrutura geral da comunidade, baseada na abundância das espécies mais comuns, e grande taxa de mudança de composição de espécies pouco abundantes. Espécies comuns apresentam uma elevada probabilidade de detecção no ambiente e conferem à comunidade uma estrutura previsível ao longo de gradientes ambientais e ao longo do ano. A estrutura da comunidade baseada na distribuição de abundâncias de espécies comuns deve ser o foco principal em programas de monitoramento quantitativos da biodiversidade de peixes em igarapés de terrafirme, exceto em casos de endemismos, quando atenção especial deve ser dada à distribuição espacial das espécies endêmicas.