Efeitos da fragmentação florestal sobre as assembleias de peixes de igarapés da zona urbana de Manaus, Amazonas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Anjos, Helio Daniel Beltrão dos
Orientador(a): Zuanon, Jansen Alfredo Sampaio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11297
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4706169A2
Resumo: A cidade de Manaus vem crescendo de forma acelerada e desordenada, o que provoca a fragmentação da floresta e condena os igarapés urbanos ao desaparecimento. Junto com esses igarapés, perde-se uma parcela importante da biodiversidade aquática local, antes mesmo de ser adequadamente conhecida. Nesse sentido, foram estudadas as assembléias de peixes de igarapés em 15 fragmentos florestais urbanos, visando avaliar os efeitos da fragmentação florestal e características estruturais dos igarapés sobre a composição e diversidade da ictiofauna. Foram coletadas 41 espécies de peixes, de seis ordens e 11 famílias. A riqueza variou de uma a 14 espécies por trecho de 200m de igarapé. Igarapés sujeitos a impactos antropogênicos apresentaram mudanças tanto nos parâmetros físico-químicos, como na composição e estrutura das assembléias de peixes. Igarapés em bom estado de conservação apresentaram riqueza de espécies mais alta, associada a altos valores de oxigênio dissolvido e baixos valores de condutividade e pH, e a situação inversa foi registrada nos igarapés poluídos por efluentes domésticos. A similaridade na composição de espécies de peixes não foi significativamente correlacionada com a distância entre os fragmentos, nem com a conectividade entre os igarapés. Diferenças nas características ambientais originais dos igarapés, bem como o subseqüente isolamento de populações de peixes por barreiras químicas (igarapés altamente poluídos entre os fragmentos) podem ser responsáveis pelas diferenças atualmente observadas na composição de espécies em igarapés próximos. A riqueza por igarapé (diversidade α, 1-14 espécies) foi pequena em relação à riqueza total encontrada (41 espécies), indicando uma alta diversidade β. Tais resultados indicam que a conservação das áreas verdes da zona urbana de Manaus é imprescindível para a manutenção da biodiversidade, uma vez que os fragmentos abrigam diferentes composições de espécies de peixes. Portanto, a destruição de qualquer fragmento pode resultar na extinção local de várias espécies de peixes, com perda de biodiversidade regional.