Regeneração de uma área manejada na Floresta Estadual do Antimary, estado do Acre.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Carvalho, Anelena Lima de
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4985
http://lattes.cnpq.br/5900679047686674
Resumo: Embora nos últimos anos o manejo florestal sustentável venha se tornando um consenso ainda existem muitos questionamentos sobre a sua sustentabilidade. O manejo florestal pode gerar efeitos de curto e longo prazo que vão desde mudanças no microclima da floresta, compactação do solo e erosão até mudanças na composição florística. Mas por outro lado as áreas perturbadas pela exploração florestal podem ser um importante microsítio para espécies de valor comercial intolerantes à sombra. Para entender melhor como a floresta responde a esta atividade este estudo teve como objetivo a avaliar os efeitos da exploração florestal na regeneração natural de espécies arbóreas considerando diferentes níveis de perturbação ao longo de uma cronossequência de áreas exploradas na Floresta Estadual Antimary, Estado do Acre - Brasil. A regeneração natural foi estudada por meio de parcelas estabelecidas em Unidades de Produção Anual (UPA) com um, quatro e oito anos de exploração florestal considerando os diferentes níveis de impactos gerados pela exploração florestal. Onde foi considerada regeneração natural todos os indivíduos arbóreos com altura mínima de 50 cm até 10 cm de diâmetro a altura do peito (DAP). Todos os indivíduos dentro destes critérios foram marcados, identificados e medidos. Áreas não afetadas diretamente pela exploração florestal foram utilizadas como controle. Foram também coletados dados de abertura do dossel e amostras de solos para análises de características física dos solos. Quantificamos a área perturbada pela exploração florestal e a frequência e distribuição de clareiras utilizando dados LiDAR. A densidade da regeneração natural não variou entre os diferentes níveis de perturbação (p ≥ 0,08). As espécies pioneiras apresentaram uma densidade relativa alta nos ambientes com alta perturbação para todos os anos analisados (p < 0,001). Apenas as áreas com ano apresentaram diferenças significativas na diversidade florística para todos os níveis de perturbação (p=0,022). Oito anos após a exploração a diversidade foi menor apenas nos ambientes com alta perturbação (p < 0,001). As taxas de mortalidade e crescimento foram elevadas nos ambientes com nível de perturbação alta três anos após a exploração (p ≤ 0,001). Enquanto as taxas de recrutamento não variaram (p > 0,46). Após quatro anos da exploração a abertura do dossel não ultrapassou 10% e as áreas não apresentam diferenças significativas (p ≥ 0,69). Embora tenham sido observadas diferenças na densidade aparente do solo nos anos iniciais essas diferenças não estavam presentes oito anos após exploração (p > 0,50). O percentual de área diretamente afetada pela exploração florestal variou de 7.0 a 8.6% onde as clareiras das árvores abatidas representam o maior percentual de perturbação (3,0 – 3,7 %). Não foram encontradas diferenças significativas na frequência e distribuição de clareiras antes e depois da exploração (p = 0,25) e entre UPA (p = 0,25). Os resultados demostraram que os distúrbios produzidos pela exploração florestal foram temporários, onde depois de oito anos boa parte das características avaliadas, como densidade de plântulas, composição florística, condições físicas do solo e abertura do dossel, retornaram ao estado anterior.