Variáveis ecofisiológicas do tronco como indicadores de sustentabilidade da floresta tropical manejada seletivamente
Ano de defesa: | 2010 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4970 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767086D4 |
Resumo: | Entender melhor o funcionamento da floresta no contexto das trocas de carbono com a atmosfera e a resposta da floresta remanescente ao impacto da exploração induz ao estudo da resposta individual das árvores a diferentes intensidades de exploração florestal. Variáveis fisiológicas como a respiração do tecido lenhoso, o crescimento diamétrico e a razão isotópica podem fornecer indicativos da saúde da floresta manejada seletivamente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência da exploração seletiva de madeira no incremento corrente mensal em diâmetro (ICM), o fluxo de respiração do tronco (RESP) e razão isotópica de C (d13C) e N (d15N) das árvores remanescentes em uma floresta tropical úmida de terra-firme na região de Manaus/AM/Brasil. Foram alocados 3 blocos experimentais de 1 ha (duas intensidades de derrubada - leve e pesada - mais o tratamento controle), onde 16 árvores por tratamento, totalizando 48 árvores, foram selecionadas aleatoriamente de três classes de diâmetro. Para estas árvores, foram acompanhados o ICM (com o uso de bandas dendrométricas) e o RESP (com o analisador de gás infravermelho - IRGA) por 24 meses, durante 12 meses antes e 12 após a exploração. Foram coletadas amostras de tecido foliar e lenhoso de cada árvore-estudo no 12º mês após a exploração para a análise de d13C e d15N, com o uso de um espectômetro de massa (Delta Plus, Finnigan MAT). Na relação com a precipitação, o ICM não foi influenciado pela exploração (r = -0.03; e r = -0,15, para B1 e B3 com p = 0,999). O RESP foi positivamente correlacionado à maior intensidade de exploração (r = 0.68; p = 0,086). A menor intensidade de exploração aumentou em 68% a relação entre ICM e RESP. O d13C do tecido lenhoso foi positiva e significantemente correlacionado à classe diamétrica (r = 0.592; p = 0.0000), o mesmo ocorrendo para o tecido foliar (r= 0.503; p = 0.01). Houve diferenças entre os tratamentos para d15N do tecido lenhoso (p < 0.01), enquanto para o tecido foliar, a diferença foi verificada entre B3 e o bloco controle (p = 0,0059). O RESP foi significante e dependentemente relacionado às variáveis DAP, ICM, d13C e d15N (p < 0,001). Entretanto, ao considerar custos de análise e coleta, lnRESP dependente de lnICM apresenta melhor esta relação (p < 0.0000). Os tratamentos de exploração influenciaram o comportamento da floresta manejada quando comparada à floresta não explorada com as mesmas características ambientais. Essa influência foi mais visível para as árvores com menores diâmetros, o que pode comprometer a sobrevivência das árvores jovens remanescentes. Dessa forma, para um novo ciclo de exploração, tratamentos de condução das árvores remanescentes tornam-se essenciais para a recomposição do estoque de madeira da floresta manejada. |