Métodos não destrutivos como ferramenta de apoio aos planos de manejo florestal sustentado na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Fernando da
Orientador(a): Higuchi, Niro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5075
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4293902T2
Resumo: Técnicas não destrutivas (NDT) podem ser definidas como aquelas que identificam propriedades físicas e mecânicas de materiais sem alterar sua capacidade de uso futuro. O estudo da madeira e de seus subprodutos por meio destas técnicas é bastante difundido e remonta à década de 1960. O diferencial em relação às técnicas destrutivas reside na rapidez da avaliação e no reduzido custo. O objetivo do trabalho foi avaliar a qualidade e classificar resíduos florestais por meio da técnica de avaliação não destrutiva de madeira com uso de ondas de tensão. Foram avaliadas as espécies Nectandra cuspidata Ness Mart., Mezilaurus itaúba (Meissn.) Taub. e Ocotea guianensis Ducke. As espécies foram identificadas anatomicamente no Laboratório de Anatomia da Madeira do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Foram preparadas e testadas amostras, de acordo com as recomendações da Comissão Pan-Americana de Normas Técnicas. Antes do ensaio destrutivo de flexão, as amostras foram avaliadas por metodologia não destrutiva com ondas de tensão para determinação do módulo de elasticidade dinâmico com base na velocidade de propagação das ondas. O teste de médias de tukey apontou diferenças significativas entre os valores médios das espécies para propriedades físicas e mecânicas. Foram ajustados modelos lineares relacionando velocidade de propagação da onda, módulo de elasticidade dinâmico e o módulo de elasticidade estático para cada espécie e para o conjunto, em ambos os casos os modelos apresentaram elevado R2 e alta significância, no entanto a análise dos dados em um único conjunto mostrou resultados superiores. Conclui-se que o método é adequado para avaliar e classificar o material avaliado com base na velocidade de propagação das ondas de tensão, captando inclusive pequenas variações como as intraespecíficas, propiciando o desenvolvimento de modelos com boa previsibilidade. A classificação de peças de madeira com base na velocidade de propagação das ondas de tensão mostra-se altamente viável e eficaz, contribuindo para uma significativa melhoria no conhecimento das propriedades físico-mecânicas da madeira.