Aplicação de Bórax por difusão na preservação de lâminas de sumaúma (Ceiba pentandra L.) Gaertn.) para a confecção de compensados

• Ano de defesa: 1998
• Autor(a) principal: Willerding, André Luis
• Orientador(a): Vianez, Basílio Frasco
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
• Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
• Palavras-chave em Português: Madeira; Sumaúma
• Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5388; http://lattes.cnpq.br/4510611262827047

O presente trabalho teve como objetivo avaliar a aplicação de Bórax (tetraborato disódio decahidratado) pelo processo de difusão em lâminas de sumaúma (Ceiba pentandra (L.) Gaertn.) para a confecção de chapas de compensado coladas com uréia-formol. Aplicou-se por spray em. cada lâmina 30 ml de solução a 4% de concentração. Como parâmetro de preservação optou-se liela retenção de 0,5 % de EAB (equivalente de ácido bórico) baseado no peso das lâminas secas. Avaliou-se a retenção de EAB nas lâfninas em três diferentes tempos-de'difusão~com 1.5, 1.50 e 270 minutos, respectivamente para os tratamentos 1, 2 e 3. Foi verificado através de análise química quantitativa os níveis de retenção de EAB pelo processo espectrofotométrico através do complexo de roseocianino formado entre o ácido bórico e a curcumina. Pelos testes mecânicos, avaliou-se a resistência da linha de cola ao cisalhamento e a percentagem de falha na madeira, a fim de analisar a interação entre o produto preservante e o adesivo utilizado para a colagem. A avaliação foi feita em corpos de prova oriundos de chapas confeccionadas com lâminas tratadas e após estes testes procedeu-se nos mesmos corpos de prova a avaliação da percentagem de falhas na madeira. Comparou-se os tratamentos com as testemunhas (chapas com lâminas não tratadas). Para a análise química, os níveis de retenção em percentagem de EAB obtidos foram 0,462 ; 0,457 e 0,440% , respectivamente para os tratamentos 1, 2 e 3. Estes níveis de retenção não diferiram estatisticamente entre si; quando realizada a análise de variância e a comparação de médias pelo teste TUKEY. Na avaliação da resistência da linha de cola ao cisalhamento, todos os tratamentos tiveram resultados superiores ao da testemunha, indicados pela análise de variância e posterior comparação de médias pelo teste DUNCAN. Os resultados obtidos foram 0,962 ; 1,183 ; 1,030 e 1 ,O8 1 ~.rnrn-', respectivamente para a testemunha e para os tratamentos 1, 2 e 3. Para a análise de percentagem de falha na madeira, todas as médias superaram o parâmetro estabelecido pela norma utilizada PS 1-83 como exigência mínima para uma linha de cola de boa qualidade, o qual era de 85,00%. Os resultados obtidos foram 94,55 ; 90,66 ; 86,59 e 94,18% respectivamente para a testemunha e para os tratamentos 1, 2 e 3. No entanto, nos três tratamentos ocorreram amostras nas quais os resultados de percentagem de falha na madeira foram inferiores ao limite mínimo estabelecido pela norma. Embora estas ocorrências (26) sejam apenas 11,92% do total de amostras ensaiadas (218), devem ser vistas com cautela, pois indicam além da heterogeneidade da madeira, alguma influência do preservante sobre a linha de cola que possa ocorrer em função de uma maior concentração ou má distribuição do Bórax sobre as lâminas. Como conclusão final, não houve diferenças estatísticas entre os tempos de difusão, levando a crer que já aos 15 minutos há uma boa difusão do produto nas lâminas, onde se obteve o melhor aproveitamento de composto retido, embora estatisticamente o tratamento 2 obteve uma menor variação dos níveis de retenção,' representando na prática, uma melhor homogeneização dos níveis de retenção nas lâminas. Pelos testes de laboratório, em termos gerais, o Boro não afetou a resistência da linha de cola com o adesivo utilizado nos ensaios de cisalhamento e análise de percentagem de falha na madeira, demonstrando ser uma alternativa a preservação de lâminas na confecção de compensados.