O efeito da fragmentação florestal sobre a composição do banco de sementes na Amazônia central
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5160 http://lattes.cnpq.br/5418197991531177 |
Resumo: | O desmatamento das florestas tropicais ao longo dos anos contribuiu para a formação de paisagens fragmentadas, cercadas principalmente por matrizes de florestas secundárias, agricultura e pastagens. Essa alteração na paisagem pode gerar diversas consequências para manutenção da biodiversidade, uma das formas para se compreender a dinâmica da vegetação e elaborar estratégias de manejo e conservação destes ambientes se dá através da análise das características do banco de sementes do solo. O conhecimento sobre a composição de sementes do solo é importante para entender o processo de regeneração natural da vegetação, sendo que o banco de sementes atua frequentemente dando início ao processo sucessional em áreas perturbadas. Neste estudo avaliamos como a densidade e a composição florística do banco de sementes variam entre fragmentos florestais de diferentes tamanhos (1, 10 e 100 ha), áreas de floresta secundária e floresta primária contínua, localizadas em região de floresta de terra firme na Amazônia Central brasileira. Foram coletadas 225 amostras de solo superficial (15 cm x 15 cm x 3cm) sendo 45 em cada ambiente, posteriormente foi realizado o monitoramento da emergência de plântulas por sete meses em casa de vegetação. Houve diferença significativa na densidade de plântulas emergidas no solo de acordo com o ambiente (p < 0,001 Kruskal-Wallis), sendo registradas 1690, 1309 e 576 sementes.m-² para fragmentos florestais de 1, 10 e 100 ha, respectivamente. Por outro lado, também foram registradas 2244 sementes.m-² para floresta secundária e 662 sementes.m-² para floresta primária. Para todos os locais amostrados a família Melastomataceae foi a mais abundante, com 60,4%, 49,0% e 64,2% do total de indivíduos nos fragmentos de 1, 10 e 100 ha, respectivamente, 82,7% na floresta secundária e 67,3% na floresta primária. No geral, o banco de sementes foi composto por 63,1% de árvores, 33,6% de arbustos, 2,2% de ervas e 1,1% de lianas. Foram registradas 46, 43 e 26 espécies nos fragmentos de 1, 10 e 100 ha, respectivamente, 39 espécies na floresta secundária e 28 espécies na floresta primária. O índice de diversidade de Fisher foi maior nos fragmentos (6,71, 8,64 e 9,38) quando comparados a floresta secundária (3,92) e floresta primária contínua (4,52). A maior semelhança entre fragmentos pequenos com a floresta secundária e fragmentos maiores com a floresta primária, indica uma tendência de mudança na composição de espécies devido ao efeito da fragmentação, que no caso do estudo pode estar associada aos efeitos de borda. |