Fungos micorrízicos arbusculares em solos e raízes de mudas e plantas de áreas degradadas na base petrolífera geólogo ‘Pedro de Moura’ em Urucu, município de Coari, AM
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Agricultura no Trópico Úmido - ATU
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5353 http://lattes.cnpq.br/5337233106185883 |
Resumo: | A recuperação de áreas degradadas na Amazônia é o principal problema a ser resolvido causado pela ocupação antrópica na região. Para que as áreas já desmatadas possam contribuir para o desenvolvimento sustentável, tanto na agricultura como outro uso econômico, é necessário que sejam usadas espécies de plantas capazes de se desenvolverem nesses solos pobres e muitas vezes degradados. Os solos das clareiras de urucu servem de referencial para o desenvolvimento de tecnologias de recuperação de todas as áreas ocupadas da Amazônia, onde a agricultura e a pecuária respondem pela maioria dos desmatamentos regionais. O objetivo desse trabalho foi avaliar a importância dos fungos micorrízicos arbusculares (FMAs) nos componentes dos solos que sofrem impactos direto e indireto da exploração petrolífera, a partir da análise de oito clareiras e jazidas de Urucu dos níveis de colonização radicular por fungos micorrízicos arbusculares de espécies cultivadas na recuperação de áreas degradadas e também, avaliar as condições micorrízicas de 40 mudas de espécies florestais e frutíferas utilizadas na regeneração ambiental e características simbióticas das populações de fungos micorrízicos dos solos dessas clareiras e florestas adjacentes. Para as análises de colonização radicular foram escolhidas as clareiras/jazidas RUC 40, LUC 22, JAZ 5, RUC 37H, JAZ 21, JAZ 14, RUC 21/24 e JAZ 44, onde foram coletadas amostras de solos e raízes na rizosfera de 17 espécies florestais dentro e nas margens das clareiras/jazidas nos meses de maio e novembro de 2010. Os solos se mostraram altamente ácidos, com teores baixos e medianos de K, Ca e Mg devido a adubações com esses elementos. Os teores de Fe foram satisfatórios, enquanto que os do Zn e Mn foram baixos. Quanto aos teores de P, observou-se elevados na Jazida 5, indicando sua aplicação na forma de adubo. A colonização por fungos micorrízicos arbusculares nas raízes das espécies amostradas dentro das clareiras/jazidas no período chuvoso variou entre 0,0% e 44,4%. Com relação às estruturas fúngicas, as taxas de colonização por hifas não ultrapassaram 10% e as com vesículas variaram entre 0,0% e 44,4%. As raízes amostradas no mesmo período, porém nas margens das clareiras/jazidas não ultrapassaram 7,0 % de taxa de colonização. As colonizações radiculares por FMA no período seco, dentro das clareiras/jazidas variaram entre 4,0 e 58,0%, mas com poucas raízes apresentando hifas; nas coletas realizadas as margens das clareiras a taxa de colonização foi de 5,4% a 12,0%. Os baixos índices de hifas fúngicas nas raízes sugerem que os fungos pouca ou nenhuma contribuição estão dando para a capacidade de absorção de água e nutrientes dos solos pelas plantas naquelas condições edafoclimáticas. Para avaliar se o problema da micorrização das plantas começa no viveiro, avaliou-se também, o potencial de colonização por fungos micorrízicos arbusculares nas raízes das mudas selecionadas do viveiro, assim como foi feita a análise estatísticas do diâmetro, altura, biomassa seca das raízes e parte aérea das mudas selecionadas. Foram selecionadas mudas de 40 espécies, analisando-se as colonizações radiculares e as características químicas do solo (substrato) usado nos saquinhos. As colonizações radiculares por fungos micorrízicos arbusculares em janeiro de 2010 foram bastante semelhantes às observadas em junho de 2009, onde suas taxas de colonização por hifas foram zero ou próximas desse valor, indicando que o problema de pouca ou nenhuma colonização radicular por FMA ocorre também nas mudas dos viveiros. |