Medições de gases de efeito estufa e variáveis ambientais em reservatórios hidrelétricos na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12957 http://lattes.cnpq.br/5330049717161478 |
Resumo: | Lagos e reservatórios são fontes significantes de dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) para a atmosfera. Na região amazônica, reservatórios hidrelétricos emitem mais gases de efeito estufa (GEE) do que reservatórios de outras regiões do mundo. No entanto, poucos estudos com medidas diretas e in situ de GEE foram realizadas em reservatórios tropicais amazônicos. Por isso, neste estudo, foram realizadas medições diretas e in situ nos reservatórios de Balbina no Amazonas e Curuá-Una no Pará. As medições de fluxo de CO2 foram realizadas usando método das covariâncias (Curuá-Una) e câmara flutuante (Balbina). Medidas da concentração no ar de CO2 usando Li-7500A (Balbina) e CO2/CH4 usando EC 150 e pCO2 na água com o sensor C-sense (Curuá-Una). As medidas gasosas foram relacionadas com variáveis meteorológicas (magnitude e direção do vento, precipitação, temperatura do ar e pressão atmosférica) e variáveis ambientais (temperatura da água, radiação, nível do reservatório). O estudo em Balbina, foi realizado entre os dias 15 e 20 de julho 2013, durante a estação de transição (chuvosa para seca) e revelaram fluxos de CO2 relativamente baixos, quando comparados com outro estudo para o mesmo reservatório. Mostraram ainda que os fluxos não apresentaram relação estatisticamente significante com as variáveis meteorológicas e identificou-se a presença de brisa contribuindo para a concentração noturna de CO2 sobre o reservatório. Para Curuá-Una, foi construída uma plataforma micrometeorológica flutuante autônoma, a qual realizou medições durante julho de 2015 à julho de 2016. Nossos resultados para Curuá-Una revelam que: os fluxos turbulentos de momentum, calor sensível e latente apresentam variabilidade diária e intrasazonal; a concentração à jusante de CO2 e CH4, sofrem influência da variação do nível do reservatório; o fluxo de CO2 foi predominantemente negativo ao longo do dia e o pCO2 apresentou variabilidade diária e valores muito elevados com diferença significante entre as medidas realizadas com o sensor C-sense e o método do headspace; a bacia do Rio Curuá-Una, apesar de pequena, sofre influência de eventos de grande escala como El-Ninõ e La-Ninã. Os resultados aqui apresentados sugerem que, a dinâmica das emissões de GEE são afetadas pelo tamanho do reservatório, o que permite a influência de brisa e eventos de grande escala. Eventos como o El-Niño 2015-2016 podem aumentar as emissões; a grande disponibilidade de radiação é responsável por boa parte da instabilidade na camada sobrejacente a superfície da água, o fluxo turbulento de CO2 foi, em média de – 0,8 µmol m-2 s-1 o reservatório de Curuá-Una, pode atuar como sumidouro de calor durante a estação chuvosa e como fonte de calor durante a estação seca, portanto afetando o balanço de calor local da água e atmosfera. |