Explorando processos que geram variação de cor em Adelphobates galactonotus, uma espécie de sapo colorido e venenoso endémico da Amazônia Oriental
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12265 http://lattes.cnpq.br/9457800664829484 |
Resumo: | Coloração aposemática pode servir como defesa contra predadores visualmente orientados, porque sinais conspícuos são fácies de detectar e podem ser prontamente associados a impalatabilidade. Contudo, os processos evolutivos que direcionam a coloração aposemática são enigmáticos, porque para ser eficaz um sinal aposemático precisa ser consistente e comum e, ainda, é necessário que seja selecionado nas baixas frequências iniciais. Nessa tese nós amostramos Adelphobates galactonotus, anuro dendrobatídeo que ocorre na Amazônia Oriental brasileira e com coloração dorsal que varia geograficamente, como modelo de estudo sobre processos que geram variação de cor em dendrobatídeos. No capítulo I nós avaliamos se há seleção local mediada por predadores sobre a coloração de A. galactonotus em duas localidades próximas que contém exclusivamente morfotipos azul ou laranja. Nós mostramos que não houve diferença na freqüência de ataques realizados por predadores visualmente orientados (aves) entre modelos que possuíam a coloração nativa, a coloração introduzida, não suportando a hipótese de que a seleção local mediada por predadores visualmente orientados é a causa da variação geográfica e da origem evolutiva independente de diferentes cores aposemáticas em A. galactonotus. No capitulo II nós investigamos se os morfotipos de cor teriam evoluído independentemente múltiplas vezes e se os padrões de seleção se associam com estes, utilizando sequências de dois genes mitocondriais (mtDNA) e milhares de marcadores de representação reduzida do genoma de polimorfismos únicos de nucleotídeos (single nucleotide polimorphism - SNPs). Encontramos partição genética associada ao rio Xingu. Usando mtDNA, o tempo de divergência genética estimado, entre sapos de lados opostos desse rio, foi 4.8 milhões de anos atrás e linhagens genéticas levaram a diferentes divergências de cor ao longo do Pleistoceno, sugerindo que uma mesma cor evoluiu independentemente múltiplas vezes, ao leste e oeste do rio Xingu. 16 SNPs mostraram-se altamente associados à cor, sugerindo um papel na determinação da cor. Nós propomos que a rápida evolução da diversidade de cores iniciou-se provavelmente em populações geograficamente isoladas durante períodos de fragmentação de hábitat associados ao Pleistoceno. |