Estudo taxonômico do complexo rastrata, gênero Gnamptogenys (Roger), 1863 (Hymenoptera: Formicidae: Ectatomminae) no Brasil
Ano de defesa: | 2013 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Entomologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12457 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4213979P3 |
Resumo: | O complexo rastrata é um dos maiores do gênero Gnamptogenys na região Neotropical, com oito espécies conhecidas, sendo que dessas, seis são registradas no Brasil: (G. lanei Kempf, 1960, G. mecotyle Brown, 1958, G. menozzii (Borgmeier, 1928), G. rastrata (Mayr, 1866), G. triangularis (Mayr, 1887)). As espécies desse grupo são predadoras específicas de milípedes. A revisão mais recente possui diagnoses não suficientemente representativas e divergências entre as informações da chave de identificação e as descrições. O presente estudo considerou características da morfologia externa e da morfométria do complexo rastrata buscando redefinir os limites do mesmo e das espécies nele alocadas. Foram examinados 530 espécimes das coleções do Centro de Pesquisa do Cacau, Instituto Nacional de Pesquisa na Amazônia, Museu Paraense Emílio Goeldi, Museu Nacional Quinta da Boa Vista, Museus de Zoologia Da Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Uberlândia e da Universidade Federal de Viçosa, provenientes de 16 estados brasileiros. Os espécimes estudados foram identificados com base na literatura e, quando possível, por comparação com o material-tipo. As espécies novas foram descritas e as conhecidas redescritas. Parte dos espécimes foram medidos utilizando uma lente micrométrica acoplada a um estereomicroscópio. Foi realizada uma Análise de Variância (ANOVA), para determinar as diferenças entre as médias das medidas das espécies e um Teste T pareado, para determinar quais espécies se separam pelas médias das medidas. Utilizando coordenadas geográficas das etiquetas dos espécimes foram montado mapas de ocorrência. O número de espécies conhecidas no Brasil foi ampliado de seis para sete G. lanei Kempf, 1960, G. mecotyle Brown, 1958, G. menozzii (Borgmeier, 1928), G. rastrata (Mayr, 1866), G. triangularis (Mayr, 1887), G. sp. n. 1 e G. sp. n. 2), com o reconhecimento de duas novas espécies. As informações sobre a ocorrência das espécies do complexo foram atualizadas e ampliadas, havendo registros das formigas do complexo rastrata em mais de 70% dos estados brasileiros. Uma chave dicotômica para a identificação das operárias, com ilustrações, foi elaborada e informações de biologia do gênero foram compiladas. Dados de morfometria apontam que há grande variação de tamanho intraespecífico, o que dificulta a separação de parte das espécies. As espécies que se diferenciaram pela maioria das medidas foram G. sp. n. 1 e G. sp. n. 2. A medida que mais separou espécies foi a de comprimento do escapo e a que menos separou foi comprimento da mandíbula. A espécie em que mais teve variações de tamanho foi G. menozzii e a com menos variações foi G. sp. n. 1, exceto pelas medidas de comprimento da mandíbula e comprimento de Weber. Para o comprimento da mandíbula, a maior variação foi de G. menozzii, e a menor foi G. mecotyle, para o comprimento de Weber a maior variação foi de G. triangularis e a menor de G. sp. n.1. O complexo rastrata que antes era diagnosticado por três caracteres, passa a ser definido por nove. O número de espécies conhecidas no Brasil foi ampliado de seis para sete, o sentido das esculturas do mesossoma, do pecíolo e o formato do pecíolo são considerados importantes para a separação das espécies do complexo rastrata. A maioria das espécies examinadas foram coletadas em regiões quentes e úmidas, principalmente nos biomas Amazônicos e de Mata Atlântica. A morfometria não foi uma ferramenta útil na separação de todas as espécies do complexo. A grande variação de tamanho intraespecífica das espécies, que fez com que os valores das médias das medidas fossem bastante próximos, impedindo a separação das espécies. |