Efeito da entrada da água do rio sobre o fitoplâncton de um lago de água preta

• Ano de defesa: 2018
• Autor(a) principal: Nascimento, Josilene Pereira do
• Orientador(a): Silva, Edinaldo Nelson dos Santos
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
• Programa de Pós-Graduação: Biologia de Água Doce e Pesca Interior - BADPI
• Palavras-chave em Português: Aguá do Rio
• Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11376; http://lattes.cnpq.br/3592921988009809

A Hipótese do Distúrbio Intermediário tem sido aplicada para explicar a diversidade de espécies nos ecossistemas. Segundo esta hipótese, a diversidade é máxima após um ambiente passar por um distúrbio intermediário. A pesquisa atual teve como objetivo analisar o efeito da entrada de água do rio Negro sobre a estrutura da comunidade fitoplanctônica no lago Tupé. Duas hipóteses foram avaliadas: 1 - (H1) a estrutura da comunidade fitoplanctônica antes e após a entrada da água do rio Negro no lago Tupé é heterogênea; 2 - (H1) a entrada de água do rio Negro para o lago Tupé é um distúrbio intermediário para o fitoplâncton. As amostragens foram realizadas num lago de água preta, durante 60 dias consecutivos, sendo 30 dias antes do lago receber água do rio e 30 dias sob influência do rio. O fitoplâncton foi analisado qualitativamente e quantitativamente para estimar os seguintes descritores: riqueza, densidade, diversidade, equitabilidade e composição de espécies. Diatomáceas e Zygnemaphyceae foram os grupos mais representativos para o lago, independente dele estar sob ou sem influência do rio. A estrutura da comunidade do fitoplâncton mudou após a entrada de água do rio no lago, uma vez que riqueza de espécies, densidade e equitabilidade mudaram, e esta mudança foi estatisticamente significativa após o evento. Já a diversidade de Shannon e a composição de espécies apenas variaram, não apresentando mudança estatisticamente significativa. A entrada de água do rio Negro no lago Tupé não pode ser considerada um distúrbio intermediário para o fitoplâncton, uma vez que a diversidade não apresentou um aumento estatisticamente significativo após o evento.