Uso do fino de carvão vegetal e da adubação potássica na produção de berinjela (Solanum melongena l.) em latossolo amarelo antrópico da Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Medeiros, José da Cunha
Orientador(a): Falcão, Newton Paulo de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Agricultura no Trópico Úmido - ATU
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5228
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4795661D1
Resumo: Na Amazônia, a maioria dos solos de terra firme apresenta boas características físicas e baixa fertilidade química natural. Nessas áreas, destaca-se a ocorrência de manchas de solos com horizonte superficial de cor escura, denominada Terra Preta, com elevados níveis de fertilidade, sendo por isso, utilizados para a exploração agrícola de forma ampla e intensa. Apesar disso, observa-se que estes solos apresentam uma redução de sua fertilidade natural após anos de intensa utilização agrícola, que afeta, principalmente, a disponibilidade de potássio. Dessa forma, torna-se necessário buscar alternativas de manejo da fertilidade desses solos. Nesse sentido, dado a alta disponibilidade de resíduos de carvão na região, foi conduzido este trabalho envolvendo doses de carvão e de potássio com o objetivo de avaliar os efeitos da adição do fino de carvão vegetal (resíduo) e de cloreto de potássio sobre a disponibilidade de nutrientes no solo, estado nutricional e na produtividade de berinjela (Solanum melongena L.). O experimento foi conduzido em Latossolo Amarelo com A Antrópico localizado no km 30 da Rodovia AM 070, no Ramal da Serra Baixa, Município de Iranduba AM, com coordenadas geográficas 03º 30 S e 60º 20 W. O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao caso, em esquema fatorial 5x3, com quatro repetições, onde o primeiro fator testado foi o potássio aplicado como KCl nas doses de 0, 125, 250, 375, 500 kg ha-1 e o segundo fator o carvão nas quantidades de 0, 5, 10 ton ha- 1. Antes e depois do ensaio foram coletadas amostras de solos das camadas de 0 - 20 cm e 20 - 40 cm de profundidade para análise da fertilidade. Na época da floração foram coletadas amostras de folhas para determinação da concentração de nutrientes. A cultivar de berinjela utilizada foi a Ciça. De forma isolada, as doses de KCl aumentaram o pH e os teores de K+, Mg++ e o Mn do solo, e também afetaram positivamente os teores foliares de Ca, Mg e K, porém reduzindo os de Zn e de Mn. Enquanto isso, o carvão afetou negativamente os teores de Mg++ no solo e de Ca e Mg nas folhas. Houve interação entre os fatores de adubação em relação às variáveis concentração foliar de Mg, K e P e produtividade que, por sua vez teve resposta à adubação potássica de tendência quadrática crescente até a dose de 301 kg ha-1 de KCl. Os melhores lucros foram obtidos com 375 kg ha-1 de KCl (Relação Benefício/Custo = 5,79) e com a combinação de 250 kg de KCl ha-1 e 10 ton de carvão ha-1 (Relação Benefício/Custo = 5,69).