Estoque de nutrientes na serrapilheira fina e grossa em função de fatores edáficos em florestas do Amazonas, Brasil
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
|
Programa de Pós-Graduação: |
Ciências de Florestas Tropicais - CFT
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5028 http://lattes.cnpq.br/2194075498648210 |
Resumo: | O papel que a serapilheira grossa desempenha como fonte ou sumidouro de nutrientes e os processos que controlam a dinâmica desse compartimento tem grande influência na ciclagem de nutrientes no ecossistema florestal. A dinâmica e estrutura florestal amazônica estão associadas à variedade de solos ao longo da Bacia, no que se refere a propriedades físicas e químicas dos mesmos. A interação entre esses fatores pode, por sua vez, influenciar na quantidade de serapilheira fina (principalmente folhas sobre o chão da floresta) e grossa (troncos e galhos caídos com diâmetro ≥ 10 cm) produzida pela floresta, bem como controlar a taxa de liberação e estoque dos nutrientes retidos nesses resíduos. A relação entre propriedades dos solos e nutrientes na serapilheira foram avaliadas em 49 parcelas de 0.5 ha em florestas de terra firme localizadas ao norte e sul de Manaus. As florestas ao norte corresponderam à parcelas da Reserva Ducke e PDBFF, enquanto que ao sul, foram estudadas parcelas localizadas ao longo da BR-319 (módulos M1, M2, M4, M5, M8, M9 e M11), com diferentes graus de hidromorfismo. As parcelas foram agrupadas em nove módulos, de acordo com a proximidade e distribuição das mesmas, sendo sete ao longo do interflúvio Purus-Madeira (BR-319) e dois ao norte de Manaus (Reserva Ducke e PDBFF). Os solos foram classificados quanto às suas condições físicas, de acordo com o nível de restrição imposto ao desenvolvimento da vegetação, e também quanto à fertilidade nos primeiros 20 cm de solo. Foram avaliadas as concentrações e estoques de nutrientes na serapilheira fina e grossa, bem como o fluxo de nutrientes ao longo do processo de decomposição da madeira morta, por meio da avaliação de classes de decomposição. Florestas em áreas com maiores restrições físicas no solo apresentaram menor estoque de madeira morta (9,21 Mg ha-1 no M11 e 11,26 Mg ha-1 no M2) do que florestas com pouco ou nenhuma restrição física do solo (24,08 Mg ha-1 no M8 e 23,64 Mg ha-1 na Reserva Ducke). De modo oposto, módulos com solo mais restritivo apresentaram maior estoque de serapilheira fina (3,89 Mg ha-1 no M4 e 2,99 Mg ha-1 no M9) que florestas com pouca ou nenhuma restrição (1,87 Mg ha-1 na Reserva Ducke). As concentrações de Ca, Mg, K e P na serapilheira fina e grossa foram maiores ao longo do interflúvio, e apesar dos menores estoques de serapilheira, estas áreas apresentaram também os maiores estoques desses nutrientes, inclusive no solo. Maiores concentrações de Na, Al, Fe, Zn e N foram encontradas na serapilheira de áreas ao norte de Manaus. Análises de caminhos demonstraram que o estoque de nutrientes na serapilheira grossa é em grande parte controlado pela massa de serapilheira grossa, com excessão de K, Zn e N que podem ter seu estoque determinado pela associação da massa de serapilheira e concentração na madeira morta, e do Ca o qual teve seu estoque na serapilheira determinado por sua concentração na madeira morta, independente da massa de serapilheira. Ao longo do processo de decomposição, os padrões gerais de liberação ou imobilização de nutrientes foi similar em todos os módulos, com exceção do M1 e M11 para alguns elementos, como Ca e Mg, devido à alta concentração inicial nos tecidos dessas áreas. Variação substancial nos estoques de nutrientes na serapilheira pode ser estimada em grandes escalas através da associação entre propriedades físicas e químicas do solo. |