Variabilidade do perfil vertical de ozônio sobre a região metropolitana de Manaus: uma abordagem por satélite

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Calderaro, Gisele Lopes
Orientador(a): Souza, Rodrigo Augusto Ferreira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Clima e Ambiente - CLIAMB
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12635
http://lattes.cnpq.br/0990437807639968
Resumo: Este estudo teve como o objetivo estudar a variabilidade temporal do perfil vertical de Ozônio, a fim de avaliar as possíveis relações entre sua variabilidade e as variabilidades climáticas de grande escala associada ao El Niño – Oscilação Sul (ENOS) e a Oscilação Quase Bienal (OQB). Busca-se também investigar os efeitos das condições atmosféricas e os focos de queimadas no comportamento da concentração de ozônio troposférico sobre a área de estudo. Para isso, foram utilizadas estimativas diárias do perfil de ozônio, inferidas pelo satélite AQUA, para o período de 2003 a 2014. As analises estatísticas empregadas foram cálculo de média, desvio (anomalias), variância, coeficiente de Pearson e transformada de ondeletas. Os resultados apresentados mostram correlação linear negativa entre o ozônio e o índice do ENOS. Em anos de La Niña, foram verificadas anomalias positivas de ozônio, e nos anos de El Niño observouse anomalias negativas de ozônio. Já para as análises de correlação do ozônio com a OQB, o coeficiente de Pearson é positivo, demonstrando que para valores positivos/negativos de OQB, são observadas anomalias positivas/negativas de ozônio na sobre a Região Metropolitana de Manaus. Na troposfera cerca de 80% da variabilidade do perfil vertical de ozônio está associada às variações do ciclo anual em decorrência da quantidade de radiação solar. Os 20% restantes de variabilidade do ozônio em baixos níveis, por sua vez, estão correlacionados às oscilações quase bienal e interanual (ENOS e a OQB). Ao se retirar o ciclo anual, observa-se que na escala semianual, 18% da variância ocorre próximo a superfície e aproximadamente 10% acima de 30 hPa. Na escala bienal cerca de 15% da variância contida na variância total é observada na baixa troposfera e 25% é vista na estratosfera acima de 30hPa e analisando a escala interanual cerca de 5% da variabilidade está contida na banda total e é mais expressiva no nível de 120 hPa.