Relação entre O3 troposférico e CO sobre áreas de florestas e pastagem a partir de sondagens aqua
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12611 http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4443837D9 |
Resumo: | Relações entre estimativas de ozônio (O3) troposférico associado a monóxido de carbono (CO) oriundo, sobretudo, da queima de biomassa em duas regiões do Brasil com uso diversificado da terra, foram estudadas através de análises observacionais da plataforma AQUA para o período de 2003 a 2010. O objetivo deste trabalho foi estudar a variabilidade das concentrações de O3 troposférico e as relações com a variabilidade das concentrações de CO. Foram estudadas duas áreas de um quadrado medindo 5ºx5º, sendo o primeiro centrado sobre a cidade de Sinop MT, denominado de região de pastagem e o segundo sobre as coordenadas geográficas 2,5º de latitude sul e 60º de longitude oeste, próximo a sede do município de Tefé-AM, denominado região de floresta. Ainda assim, definiu-se um quadrado de 3ºx3º centrado sobre a cidade de Manaus, cuja região é submetida a forte processo de urbanização. Os resultados obtidos sugerem que as concentrações de O3 são incrementadas pelas concentrações de CO que avolumam-se na estação seca quando são observados aumentos nos focos de queimada. O fenômeno das queimadas é recorrente, está associado às mudanças de uso da terra para o desenvolvimento de atividades agropastoris e sua dinâmica é modulada pela climatologia de precipitação. Além disso, a intensidade é definida pelos extremos climáticos associados a ENOS. A sazonalidade é evidente tanto para a série de gases (O3 e CO) como para as séries de queimadas e precipitação. As análises de coerência e fase entre as séries de CO e O3, queimadas e CO e queimadas e O3 sugerem uma relação moderada a forte entre as variáveis para diferentes escalas temporais. Para uma escala de tempo de 0,25 anos a 1ano (três meses a um ano) o fluxo de CO precede o fluxo de O3 sem diferença de fase para todos os anos da série, sugerindo que incrementando as concentrações de CO há incremento imediato de O3. Quando cruzadas as séries de queimadas com as séries de CO, observou-se significância estatística apenas para o nível de 850 mb e uma forte relação de dependência para a mesma escala de tempo apenas para a região de pastagem. Para a região de floresta e Manaus esta escala de tempo em que a significância da relação foi elevada ficou entre 0,5 anos a 1 ano (seis meses a um ano), com uma defasagem 45º sugerindo que os episódios de queimadas estão adiantados em relação a série de CO, com uma diferença de fase de 20 a 45 dias. No cruzamento das séries de queimadas e O3 encontrou-se relevância apenas para o nível de 500 mb e somente na paisagem de pastagem. Estes resultados sugerem que as concentrações de CO são incrementados no período das queimadas e consequentemente produzem O3. Neste sentido, o uso de ferramentas remotas para compreender estas relações entre gases e queimadas é importante para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde. Da mesma forma, o ciclo de variabilidade é confiável e pode auxiliar os modelos de qualidade do ar para fins de monitoramento da poluição. |