Dinâmica arbórea e a mudança do clima importância da topografia e das características funcionais na Amazônia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lavado Esteban, Erick Jonathan
Orientador(a): Costa, Flavia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5173
http://lattes.cnpq.br/5531318538945381
Resumo: As mudanças climáticas, caracterizadas por aumento da temperatura e maior frequência de eventos de secas extremas, inundações e tempestades, são evidentes nas últimas décadas e causam impacto nas florestas tropicais. As respostas a estes fatores climáticos são avaliadas principalmente na escala da comunidade, independente das diversas estratégias funcionais das espécies que a constituem. Além disso, a topografia modifica as condições hidrológicas locais experimentadas pelas árvores, o que pode modular os efeitos do clima. Este é o primeiro estudo que investiga os efeitos das anomalias climáticas nas taxas de crescimento, mortalidade e recrutamento das árvores de 30 das espécies mais abundantes da Amazônia central, levando em conta explicitamente a hidrologia local e características funcionais: no nível da folha (área foliar, área foliar específica, e conteúdo de matéria seca na folha), no nível do xilema (densidade da madeira, proporção de xilema e conteúo de matéria seca na madeira), e a relação entre a área de folha e a área de xilema. Nós encontramos que 1) a maior frequência de anomalias no déficit hídrico, e excesso de água e temperatura estão levando a um menor crescimento em diâmetro e a taxas mais altas de mortalidade nas últimas duas décadas, 2) o excesso de água parece ser tão importante quanto o déficit hídrico para a dinâmica arbórea, e 3) a topografia e as características funcionais das árvores influenciam e até modulam as respostas demográficas ao clima, sendo a topografia um fator decisivo sob condições extremas. Nossos resultados sugerem que, além de pervasivo, o efeito da mudança climática na Amazônia central será mais severo para as espécies estabelecidas em áreas mais altas (i.e., lençol freático mais profundo) e com estratégias mais aquisitivas. Em cenários climáticos extremos, uma forte mudança na composição taxonômica e funcional parece muito provável.