Chironomus Meigen, 1803 (Diptera: Chironomidae) na cidade de Manaus, AM, Brasil: taxonomia e biologia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gusmão, Gizelle Amora
Orientador(a): Hamada, Neusa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12447
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4551194E8
Resumo: Chironomus Meigen, 1803 (Diptera: Chironomidae) é o gênero-tipo da família, possui mais de 100 espécies descritas e ocorre em todas as regiões zoogeográficas com exceção da Antártida. Para o Brasil são conhecidas 16 espécies, a maioria registrada para a região Sudeste, quatro espécies são reportadas para a Amazônia, C. gigas, C. paragigas, C. strenzkei e C. latistylus. No presente estudo, uma nova espécie de Chironomus é descrita e informações bionômicas e biométricas obtidas por meio de observação em condições de laboratório são apresentadas. Informações sobre o comportamento de enxameamento, acasalamento, tempo de desenvolvimento do ovo, da larva e da pupa e longevidade dos adultos são apresentadas. Chironomus manaos sp. nov. difere das demais espécies da região Neotropical pelo padrão de coloração do abdome e formato da volsela superior, que é fortemente arqueada. A fêmea deposita em média 600 (±104,3) ovos, a massa ovígera tem 16,6 (±3,1, n=5) mm de comprimento e 1,6 (±0,04, n=5) mm de largura. Os ovos medem 0,24 (±0,0162, n=50) mm de comprimento e 0,10 (±0,0074) mm de largura e são de coloração castanho-escura, no início do desenvolvimento. A larva de 1o estádio tem comprimento médio de 54,7 μm (± 4,2, n=81); 2o estádio 93,7 μm (± 4,5, n=53); 3o estádio 157,1 μm (±7,2, n=68) e 4o estádio 257,6 μm (±16,7, n=314). A razão de crescimento das larvas segue a regra de Dyar, sendo esta em progressão geométrica com razão média de 1,67 (±0,03). O enxameamento tem seu início no final da tarde, por volta das 17:00 horas, com duração aproximada de 7 horas, a cópula dura poucos segundos. O tempo de desenvolvimento do ovo é de 2,5 dias em temperatura ambiente (26°C). Ao eclodirem, as larvas permanecem por aproximadamente 12 horas dentro da massa, onde se alimentam. Ao abandonarem a massa ovígera, as larvas se dispersam no substrato onde irão completar o seu desenvolvimento, até empuparem. As larvas completam seu desenvolvimento, em média, em 10 dias. O estágio pupal tem duração de 2 (±0,24) dias. O tempo de duração de vida dos adultos machos foi de 3,44 (±0,7045) dias e, das fêmeas 3,22 (±0,6481) dias. Essa espécie criada em condições de laboratório poderá ser utilizada como organismo teste para diversos experimentos uma vez que sua biologia foi descrita no presente estudo.