Germinação, desenvolvimento de plântula, variabilidade genética, morfoanatomia e mobilização de reservas em sementes de Jarina (Phytelephas Macrocarpa Ruíz & Pavón)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Ferraz, Pedro de Albuquerque
Orientador(a): Ferreira, Sidney Alberto do Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4996
http://lattes.cnpq.br/5416832597338271
Resumo: A jarina (Phytelephas macrocarpa Ruíz & Pavón), também conhecida como “marfim vegetal”, é uma palmeira de ocorrência natural na Amazônia ocidental e suas sementes são utilizadas para confecção de botões, artesanatos e biojoias. Sua exploração é essencialmente extrativista, existindo poucos estudos relacionados com a biologia e aspectos silviculturais da espécie. A germinação das sementes é demorada, irregular e, às vezes, muito baixa. Este trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro, objetivou-se avaliar características morfofisiológicas das sementes e plântulas de diferentes progênies de jarina, a partir das quais se inferiu sobre a variabilidade genética da mesma. Nesse, foram utilizadas sementes de quinze progênies e avaliado o grau de umidade, caraterísticas biométricas das sementes e aspectos da germinação e do desenvolvimento da plântula, num total de trinta e uma variáveis. A partir das variáveis que apresentaram diferenças significativas (vinte e quatro) foi feito um estudo de agrupamento (UPGMA) e análise de componentes principais (ACP). No segundo capítulo, objetivou-se investigar aspectos morfoanatômicos, histoquímicos e da mobilização de reservas orgânicas (lipídios, proteínas, amido e açúcares solúveis), em sementes e plântulas de P. macrocarpa. As progênies de jarina apresentaram diferenças significativas para vinte e quatro características relacionadas à biometria, germinação e desenvolvimento da plântula, indicando variação genética entre as mesmas. Três progênies se destacaram (P04, P11 e P12) por apresentarem os maiores percentuais de germinação e dos diferentes estádios de desenvolvimento da plântula, além de maiores índices de velocidades e menores tempos para alcançar tais percentuais. A partir de quinze progênies de jarina e vinte e quatro caracteres relacionados com a morfofisiologia da semente, germinação e plântula, foram encontrados quatro grupos genéticos distintos. P. macrocarpa apresentou características morfoanatômicas particulares e diferenças na dinâmica de mobilização dos metabólitos primários, tendo o amido como reserva majoritária, seguido de lipídeos, proteínas e açúcares solúveis totais. Os testes histoquímicos nos tecidos do haustório e endosperma, com as plântulas em diferentes estádios, confirmaram a presença de reservas primárias (amido, lipídeos e proteínas), bem como pectinas, mucilagens e compostos fenólicos.