Caracterização química e física dos aerossóis durante a estação seca de 2013 na Amazônia Central
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Clima e Ambiente - CLIAMB
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12623 http://lattes.cnpq.br/7715729549544052 |
Resumo: | Durante a estação seca, a Amazônia Central é altamente influenciada por emissões de queimadas transportadas por longas distâncias, alterando a composição atmosférica mesmo em locais remotos. Este trabalho tem o foco na caracterização físico-química dos aerossóis atmosféricos durante a estação seca de 2013 numa região altamente preservada na Amazônia Central. O estudo da composição orgânica e inorgânica de aerossóis submicrométricos foi realizado com o instrumento ACSM (Aerosol Chemical Speciation Monitor) fabricado pela Aerodyne Inc. Propriedades físicas tais como distribuição de tamanho, absorção e espalhamento foram também medidas simultaneamente. As medidas foram realizadas durante a estação seca de 2013 na reserva ecológica Cuieiras (ZF2) ao noroeste de Manaus. A análise estatística foi realizada com o uso da técnica de PMF (Positive Matrix Factorization), onde foi realizada a separação do aerossol orgânico em seus diferentes fatores, visando a identificação de fontes e processos de formação. Resultados mostram que a carga média de aerossóis submicrométricos foi de 5,91 μg m-3, dos quais 78% são de composição orgânica, 8,5% são sulfato, 6,5% são black carbon equivalente, 4% são amônio e 3% são nitrato. A variabilidade do espectro de massa de aerossóis pode ser explicada por 3 fatores determinados com o uso do PMF. Estes fatores foram identificados como BBOA (Biomass Burning Organic Aerosol,), representando 12% da massa total de orgânicos, OOA (Oxygenated Organic Aerosol,), representando 66% da massa total de orgânicos e IEPOX-SOA (Isoprene derived Epoxydiol–Secondary Organic Aerosol,), representando 21% da massa total de orgânicos. A Amazônia Central, mesmo em áreas remotas e preservadas, é altamente impactada pelas emissões de queimadas. Os aerossóis orgânicos secundários de origem biogênica estão também presentes durante a estação seca, e seus processos de remoção úmida são suprimidos pela diminuição das chuvas, causando um aumento de concentração. O grau de oxidação das partículas de aerossóis, além de outras características físico-químicas, indica que o transporte de longa distância é responsável pela escala regional deste impacto. |