Genes, formas e sons revelam estágio incipiente de especiação alopátrica no anuro amazônico Allobates tapajos (Dendrobatidae)
Ano de defesa: | 2016 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Ecologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11836 http://lattes.cnpq.br/8954841623955982 |
Resumo: | Na bacia Amazônica, a distribuição de muitas espécies de vertebrados terrestres é delimitada por grandes rios, os quais são frequentemente considerados barreiras biogeográficas fortemente relacionadas à origem e manutenção da alta biodiversidade encontrada na região. No entanto, são poucas as investigações filogeográficas que avaliam o efeito dessas barreiras em múltiplas classes de caracteres genotípicos e fenotípicos. Até o momento, nenhuma investigação multicaráter foi dedicada a um sistema de estudo envolvendo o Rio Tapajós, o qual delimita áreas de endemismo do bioma. Neste estudo testamos a atuação dessa barreira fluvial sobre a variabilidade genética, acústica e morfológica em populações do anuro Allobates tapajos (Dendrobatidae). Para isso, amostramos populações ao longo de toda a área de ocorrência conhecida da espécie em ambas as margens das porções média e baixa do rio. Foram obtidos fragmentos de genes mitocondrial (16S) e nuclear (RAG1), bem como medidas morfométricas externas e parâmetros acústicos do canto de anúncio a partir de 48 indivíduos provenientes de seis localidades. Enquanto o marcador nuclear se mostrou monomórfico ao longo da distribuição de A. tapajos, o fragmento mitocondrial revelou baixas distâncias genéticas acompanhadas de elevada estruturação espacial, com ausência de compartilhamento de haplótipos entre margens opostas do rio. Os eventos cladogenéticos estiveram concentrados no Pleistoceno, época proposta para o estabelecimento da drenagem do rio Tapajós. Houve divergência em parâmetros acústicos entre margens do rio, o que não foi observado em relação aos marcadores morfológicos analisados. Adicionalmente, não houve correlação entre o padrão de variabilidade das diferentes classes de caracteres entre si nem com a distância geográfica linear entre populações. Desse modo, o conjunto de resultados obtidos suporta o atual status específico das populações de ambas as margens do rio Tapajós e revela um estágio incipiente do processo de especiação em alopatria relacionado com a transposição dessa barreira fluvial. |