Estudo estrutural e farmacognóstico de Scutellaria agrestis A. St.-Hil. ex Benth. (Lamiaceae): uma planta medicinal utilizada por populações ribeirinhas do Amazonas
Ano de defesa: | 2011 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
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Programa de Pós-Graduação: |
Botânica
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Link de acesso: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12846 http://lattes.cnpq.br/6485986169802039 |
Resumo: | Scutellaria agrestis (trevo-roxo) é uma planta muito utilizada pela população ribeirinha do Amazonas no tratamento de dores de ouvido, febre, diarréia e pressão alta. Este trabalho objetivou realizar estudos anatômicos, histoquímicos, fitoquímicos e farmacológicos dos órgãos vegetativos de S. agrestis, com intuito de investigar o princípio ativo desta planta. Os indivíduos de S. agrestis foram coletados nas comunidades Nossa Senhora das Graças e Nossa Senhora de Nazaré localizadas no município de Manacapuru/AM, às margens do Rio Solimões e no horto medicinal da Universidade Nilton Lins, Manaus/AM. Amostras dos órgãos vegetativos foram processadas de acordo com técnicas usuais de microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura para o estudo anatômico dos órgãos vegetativos e ontogenético dos tricomas. Os metabólitos sintetizados pelas estruturas secretoras foram detectados e histolocalizados por meio de testes fitoquímicos e histoquímicos. Foi preparado da folha da espécie estudada extrato aquoso e realizados experimentos in vivo e in vitro para investigar a toxicidade aguda e apenas in vivo para as ações analgésicas e/ou antiinflamatórias da planta. Em S. agrestis são vistos, tanto na folha quanto no caule, inúmeros tricomas tectores e glandulares. O revestimento epidérmico dos órgãos vegetativos aéreos desta planta acumula no vacúolo antocianinas, exceto a face adaxial da epiderme foliar. A folha é anfi- hipoestomática, com estômatos do tipo diacítico. A lâmina foliar possui epiderme unisseriada; o mesofilo é dorsiventral e hidatódios estão presentes ao longo da margem. A nervura principal possui formato plano convexo, com tecido vascular colateral organizado em um arco aberto. O pecíolo exibe contorno côncavo convexo; o sistema vascular é colateral. O caule é quadrangular com vértices proeminentes; a endoderme é evidente; o sistema vascular é do tipo colateral e a medula parenquimática. A raiz é protostélica, com a endoderme evidenciada pelas estrias de Caspary suberificadas; as células da exoderme, córtex e endoderme apresentam conteúdos fenólicos e mucilaginosos. A ontogenia dos tricomas de S. agrestis segue o padrão para a família. As estruturas secretoras responsáveis pela síntese das substâncias são glândulas capitadas e peltadas e uma epiderme secretora. Tais estruturas são o sítio de secreção do princípio ativo da planta produzindo fenois (fenóis gerais, taninos hidrolisáveis, cumarinas e várias classes de flavonoides como antocianinas, antocianidinas, chalconas, auronas, flavonas, flavonois, xantonas, leucoantocianidinas, flavanonas, flavanonóis), terpenos (óleos essenciais, esteroides livres, saponinas), lipídios totais, ácidos e proteínas. O extrato aquoso da folha de S. agrestis apresentou efeito analgésico e anti- inflamatório respondendo ao sinal de dor, porém não apresenta atividade antiedematogênica; não apresenta componentes tóxicos, logo é uma droga vegetal que possui suporte científico, conferindo uma margem de segurança toxicológica para os avanços de estudos com esta espécie. Os resultados obtidos nesta pesquisa fornecem dados botânicos e farmacognósticos contribuindo para o controle de qualidade desta planta utilizada como medicinal, assim como para a biologia da mesma. Palavras-chave: trevo-roxo, ontogenia de estruturas secretoras, histoquímica, fitoquímica, ensaios biológicos. |