Flebotomíneos (diptera: psychodidae) no ambiente domiciliar em área de transmissão da leishmaniose tegumentar e visceral, no município de Santarém, estado do Pará, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Feitosa, Marlisson Augusto Costa
Orientador(a): Bermúdez, Eloy Guillermo Castellón
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA
Programa de Pós-Graduação: Entomologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12330
http://lattes.cnpq.br/9630069182061139
Resumo: Com o intuito de verificar a presença de flebotomíneos, no ambiente domiciliar em área endêmica de leishmanioses visceral e tegumentar no município de Santarém no período entre março de 2002 a fevereiro de 2003, foram realizadas coletas de flebotomíneos por meio de armadilhas luminosas tipo CDC, colocadas no intradomicilio (dormitório) e peridomicilio (abrigos de animais); foram escolhidos três bairros periféricos da cidade, onde houve registro de casos autoctones de leishmanioses: Jutaí, Diamantino e Sto. André. Foram capturados 9.926 flebotomíneos, distribuídos em 15 espécies. As espécies mais abundantes foram L. longipalpis (59,72%) e L. carmelinoi (35,47%). No bairro do Jutaí foi capturada a maior quantidade de espécimes de flebotomíneos (6.031), seguido pelo bairro do Diamantino (2.390) e Sto. André (1.505). Foi registrado maior presença de flebótomos no domicílio (5.377) do que no peridomicílio (4.549), havendo maior densidade de indivíduos nos meses da estação chuvosa. Quanto à estratificação horizontal nos bairros, houve redução significativa (p = 0,02) da fauna de flebótomos na medida que aumentava a distancia da mata residual. A presença de vetores de leishmanioses, naturalmente infectados com tripanossomatideos, a presença de flebótomos em bairros de formação antiga e a captura de larvas de flebotomíneos em galinheiros na periferia da cidade, são indícios de ocorrência de transmissão peridomiciliar de leishmanioses na periferia de Santarém. A construção de casas próximas à mata residual, com presença de animais domésticos, é fator agravante para o surgimento de surtos de leishmanioses na periferia de Santarém.