Ecofisiolgia de espécies arbóreas de campina na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Rodrigues, João Victor Figueiredo Cardoso
Orientador(a): Gonçalves, José Francisco de Carvalho
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – INPA
Programa de Pós-Graduação: Ciências de Florestas Tropicais - CFT
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/4968
http://lattes.cnpq.br/6092525103778067
Resumo: Espécies de Campina estão frequentemente sujeitas a períodos de alta irradiância, temperatura e limitação hídrica. As condições microclimáticas e as características oligotróficas destas áreas direcionam as características desta vegetação. Diferentes espécies desenvolvem diferentes estratégias que convergem em sucesso de sobrevivência e colonização. O conhecimento das características funcionais destas espécies se faz necessário para entender as respostas destas plantas às condições ambientais atuais, e como o comportamento fisiológico poderá ser afetado frente às mudanças climáticas. Neste sentido, estudou-se a eficiência fotossintética de captura e processamento de energia, diurna e sazonal; o comportamento das trocas gasosas em resposta à irradiância, CO2 e temperatura foliar; o potencial de água na folha; a eficiência no uso da água; a área foliar; a massa seca por área de folha (MSA); concentração de pigmentos cloroplastídicos; características anatômicas foliares; concentração de nutrientes no solo e folhas (jovens, adultas e senescentes); e a eficiência na utilização de nutrientes das espécies Pagamea duckei (PD), Pradosia schomburgkiana (PS), Ouratea spruceana (OS) e Swartzia dolichopoda (SD) crescendo naturalmente na Reserva Biológica de Campina do INPA, Manaus, AM e analisadas no período chuvoso e seco. A eficiência quântica máxima do fotossistema II teve redução que variou de 8.5% para SD até 14% para a PD. Todas as espécies apresentaram diminuição da fluorescência máxima ao longo do dia no período seco. A fotossíntese máxima da PS e OS apresentam redução no período seco de 32% e 31%, respectivamente. As espécies PD, PS e OS apresentaram maiores valores de condutância estomática no período chuvoso e a SD não diferiu entre os períodos. A MSA foi proporcional à eficiência na utilização de nitrogênio, fósforo e potássio, com menores valores para a PD. A PD apresentou o menor índice estomático. Estes dados sugerem que no período seco, com a baixa disponibilidade hídrica e altas irradiâncias, ocorre o acúmulo de quinona A reduzida ao longo do dia, provavelmente aumentando a fluorescência máxima, além das menores atividade da Rubisco, em resposta ao fechamento estomático. Espécies melhores aclimatadas as condições microclimáticas da campina apresentam maiores taxas de dissipação de energia, como a PD e SD. O menor potencial hídrico foliar resultou em menores taxas fotossintéticas, e redução da condutância estomática, como é comum a outras espécies escleromórficas. Diante disto, as variações climáticas ao longo do ano devem regular o balanço de carbono anual. As espécies com maiores valores de MSA compensam o alto custo de construção foliar com maiores eficiências na utilização de nutrientes como: N, P e K. Portanto, as espécies estão sujeitas ao estresse dinâmico no aparato fotossintético na estação chuvosa, e, na estação seca, a um estresse crônico. As características fotossintéticas permitem classificar as espécies PS e OS como sensíveis à seca e a PD e SD tolerantes à seca. Acima de 38°C foliar as espécies apresentam queda na fotossíntese. A limitação nutricional e hídrica parecem ser os principais fatores abióticos que direcionaram as características funcionais das folhas das espécies estudadas